Porto Alegre, sáb, 19/04/25

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 19 de Janeiro de 2025 às 10:20

Com atraso, cessar-fogo em Gaza começa após entrega de lista de reféns a Israel

Pelo acordo, haverá três fases, e a troca de reféns sequestrados pelo Hamas por prisioneiros palestinos está prevista para começar neste domingo

Pelo acordo, haverá três fases, e a troca de reféns sequestrados pelo Hamas por prisioneiros palestinos está prevista para começar neste domingo

Eyad BABA/AFP/JC
Compartilhe:
Agência Estado
Originalmente marcado às 3h30 (horário de Brasília, 8h30 no horário local), o cessar-fogo da Faixa de Gaza firmado entre o governo de Israel e o grupo terrorista Hamas se iniciou com quase três horas de atraso. A trégua começou às 6h15 após o governo do premiê Binyamin Netanyahu ter recebidoa lista de refé ns a serem libertados hoje pelo Hamas.O Hamas justificou que o atraso se deveu a "motivos técnicos", garantiu permanecer comprometido com o acordo e encaminhou a lista horas depois. A libertação está prevista para as 11h.O conflito se arrasta há 15 meses, desde 7 de outubro de 2023, quando um ataque do Hamas matou cerca de 1,2 mil pessoas e rendeu 251 reféns. Desde o início da ofensiva israelense contra os terroristas, mais de 46 mil palestinos foram mortos, segundo dados do Hamas, que não podem ser verificados.O governo de Netanyahu aprovou o acordo na madrugada do sábado (18), horário local, após reunião que durou horas, ultrapassando o início do Sabbat (sábado judaico), em que o governo geralmente interrompe todas as atividades, exceto em casos de emergência.Mediado por Estados Unidos, Catar e Egito, o cessar-fogo é a segunda trégua no conflito e teve a aprovação de 24 ministros israelenses e oito votos contrários. Pelo acordo, haverá três fases, e a troca de reféns sequestrados pelo Hamas por prisioneiros palestinos estava prevista para começar ainda nesta manhã. Veja a seguir o que foi estabelecido na proposta de cessar-fogo se tudo der certo.Primeira faseA primeira etapa do cessar-fogo tem previsão de 42 dias. Durante esse período, o Hamas se comprometeu a liberar 33 reféns israelenses. Entre eles estariam pelo menos cinco soldados, além de mulheres, crianças, idosos e doentes.O gabinete de Netanyahu deve anunciar os nomes dos sequestrados libertados em cada dia do cessar-fogo. O Fórum de famílias de reféns de Israel anunciou a identidade dos 33 reféns que devem ser libertados na primeira fase. Embora não tenha confirmação do estado de saúde dos reféns, o governo israelense acredita que a maioria dos sequestrados eseja viva.Informações iniciais dão conta de que Israel se comprometeu a libertar 30 prisioneiros para cada refém civil e 50 para cada refém militar. A lista de prisioneiros inclui terroristas condenados que estão cumprindo prisão perpétua. Em comunicado, o Ministério da Justiça de Israel afirmou que o previsto é liberar cerca de 737 prisioneiros.No entanto, segundo números divulgados pelo Egito, a liberação de prisioneiros palestinos deve ser de 1,8 mil pessoas, que podem incluir prisioneiros que não estão sob o sistema de justiça israelense, como palestinos detidos pelas Forças de Defesa de Israel.Ao final da primeira fase, a expectativa é de que todos os reféns civis - vivos ou mortos - terão sido libertados. Todas as mulheres e menores de 19 anos detidos por Israel serão libertados nesta fase, segundo o acordo.O acordo também prevê que todos os prisioneiros palestinos condenados por ataques letais sejam exilados em Gaza ou no exterior, sendo proibidos de retornar a Israel ou à Cisjordânia. O documento indica que alguns terão que se exilar por três anos, enquanto outros de forma permanente.Durante esse período também é esperado ainda que as forças israelenses se afastem de áreas mais densamente povoadas da Faixa de Gaza, permitindo o retorno de civis deslocados e aumento da ajuda humanitária.A previsão é que aproximadamente 600 caminhões por dia entrem no território, dando alívio para a crise humanitária que devasta a região.Segundo informações da mídia local, centenas de caminhões de ajuda carregando materiais de socorro estão estacionados na passagem de fronteira de Rafah.
Originalmente marcado às 3h30 (horário de Brasília, 8h30 no horário local), o cessar-fogo da Faixa de Gaza firmado entre o governo de Israel e o grupo terrorista Hamas se iniciou com quase três horas de atraso. A trégua começou às 6h15 após o governo do premiê Binyamin Netanyahu ter recebidoa lista de refé ns a serem libertados hoje pelo Hamas.

O Hamas justificou que o atraso se deveu a "motivos técnicos", garantiu permanecer comprometido com o acordo e encaminhou a lista horas depois. A libertação está prevista para as 11h.

O conflito se arrasta há 15 meses, desde 7 de outubro de 2023, quando um ataque do Hamas matou cerca de 1,2 mil pessoas e rendeu 251 reféns. Desde o início da ofensiva israelense contra os terroristas, mais de 46 mil palestinos foram mortos, segundo dados do Hamas, que não podem ser verificados.

O governo de Netanyahu aprovou o acordo na madrugada do sábado (18), horário local, após reunião que durou horas, ultrapassando o início do Sabbat (sábado judaico), em que o governo geralmente interrompe todas as atividades, exceto em casos de emergência.

Mediado por Estados Unidos, Catar e Egito, o cessar-fogo é a segunda trégua no conflito e teve a aprovação de 24 ministros israelenses e oito votos contrários. Pelo acordo, haverá três fases, e a troca de reféns sequestrados pelo Hamas por prisioneiros palestinos estava prevista para começar ainda nesta manhã. Veja a seguir o que foi estabelecido na proposta de cessar-fogo se tudo der certo.

Primeira fase

A primeira etapa do cessar-fogo tem previsão de 42 dias. Durante esse período, o Hamas se comprometeu a liberar 33 reféns israelenses. Entre eles estariam pelo menos cinco soldados, além de mulheres, crianças, idosos e doentes.

O gabinete de Netanyahu deve anunciar os nomes dos sequestrados libertados em cada dia do cessar-fogo. O Fórum de famílias de reféns de Israel anunciou a identidade dos 33 reféns que devem ser libertados na primeira fase. Embora não tenha confirmação do estado de saúde dos reféns, o governo israelense acredita que a maioria dos sequestrados eseja viva.

Informações iniciais dão conta de que Israel se comprometeu a libertar 30 prisioneiros para cada refém civil e 50 para cada refém militar. A lista de prisioneiros inclui terroristas condenados que estão cumprindo prisão perpétua. Em comunicado, o Ministério da Justiça de Israel afirmou que o previsto é liberar cerca de 737 prisioneiros.

No entanto, segundo números divulgados pelo Egito, a liberação de prisioneiros palestinos deve ser de 1,8 mil pessoas, que podem incluir prisioneiros que não estão sob o sistema de justiça israelense, como palestinos detidos pelas Forças de Defesa de Israel.

Ao final da primeira fase, a expectativa é de que todos os reféns civis - vivos ou mortos - terão sido libertados. Todas as mulheres e menores de 19 anos detidos por Israel serão libertados nesta fase, segundo o acordo.

O acordo também prevê que todos os prisioneiros palestinos condenados por ataques letais sejam exilados em Gaza ou no exterior, sendo proibidos de retornar a Israel ou à Cisjordânia. O documento indica que alguns terão que se exilar por três anos, enquanto outros de forma permanente.

Durante esse período também é esperado ainda que as forças israelenses se afastem de áreas mais densamente povoadas da Faixa de Gaza, permitindo o retorno de civis deslocados e aumento da ajuda humanitária.

A previsão é que aproximadamente 600 caminhões por dia entrem no território, dando alívio para a crise humanitária que devasta a região.

Segundo informações da mídia local, centenas de caminhões de ajuda carregando materiais de socorro estão estacionados na passagem de fronteira de Rafah.

Notícias relacionadas

Comentários

0 comentários