Detido para interrogatório nesta quarta-feira (15) no âmbito de uma investigação por insurreição, o presidente destituído da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, recusou-se novamente a prestar depoimento nesta quinta (16), disse seu advogado.
A resistência de Yoon dificulta o andamento de uma apuração para determinar se ele cometeu o crime -ao qual presidentes sul-coreanos não têm imunidade- ao declarar lei marcial no país, em dezembro passado. As autoridades têm 48 horas para interrogá-lo. Após esse prazo, ele deve ser solto, ou as forças de segurança precisarão obter um mandado de prisão de até 20 dias.
O líder conservador, que se tornou o primeiro chefe de Estado sul-coreano em exercício a ser detido, também se absteve de comparecer a uma nova audiência perante o Tribunal Constitucional no âmbito de um processo paralelo, que avalia a pertinência de seu impeachment pelo Congresso.
Apoiadores de Yoon foram protestar na frente do Centro de Detenção de Seul, onde ele está preso. Após uma tentativa fracassada no início de janeiro, o CIO (Escritório de Investigação de Corrupção para Autoridades de Alto Escalão) conseguiu prender Yoon em sua residência oficial em Seul, onde ele estava barricado há semanas, na quarta-feira.
O CIO afirmou mais tarde que representantes de Yoon informaram, por meio de seu conselheiro jurídico, que não houve mudança em sua posição, indicando sua intenção de não comparecer. O líder conservador mergulhou a democracia asiática em sua pior crise em décadas ao suspender a ordem civil e enviar soldados para a Assembleia Nacional e, 3 de dezembro. Os deputados conseguiram, no entanto, se reunir naquela mesma noite e votar contra a medida, que foi derrubada.
Folhapress
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