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Publicada em 09 de Janeiro de 2025 às 20:12

Oposição e regime vão às ruas na véspera da posse de Nicolás Maduro

Milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra o regime ditatorial de Nocolás Maduro

Milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra o regime ditatorial de Nocolás Maduro

RODRIGO ARANGUA/AFP/JC
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Folhapress
Na véspera da posse presidencial na Venezuela, oposição e regime convocaram protestos pelo país para esta quinta-feira (9) que ampliaram o clima de tensão em uma semana na qual a repressão já se acirrou na ditadura chavista.
Na véspera da posse presidencial na Venezuela, oposição e regime convocaram protestos pelo país para esta quinta-feira (9) que ampliaram o clima de tensão em uma semana na qual a repressão já se acirrou na ditadura chavista.
Opositores começaram a marchar às 11h (10h locais) em Caracas e capitais estaduais. Mas relatos, vídeos nas redes sociais e informações dos poucos jornais independentes que ainda operam no país dão conta de que o tamanho das manifestações foi bem aquém do esperado.
Aliados da líder opositora María Corina Machado dizem que a ex-deputada foi "violentamente interceptada" por oficiais da ditadura após participar de protestos na capital Caracas. Ela teria sido detida após discursar no ato oposicionista e se preparar para voltar para o refúgio. O governo Maduro disse que a informação é uma "distração" criada pela direita.
O local estava cercado por agentes de segurança armados. Aliados próximos a Corina relatam que ela foi abordada por um contingente de oficiais em motos e com drones quando estava em uma moto. O motorista também teria sido levado.
A líder, impedida de concorrer às eleições do último ano, é acusada pelo regime chavista de traição à pátria. Ela dizia ter em conta que sua segurança estava em risco nesta quinta-feira. "Mas não tenho outra opção", afirmava María Corina, que pedia apoio policial e militar para parar a ditadura.
Enquanto isso, o ditador Nicolás Maduro acionou na quarta-feira o que chama de Órgão de Direção de Defesa Integral, na prática o empoderamento de todas as forças de segurança, dos militares às milícias civis armadas, para atuarem em conjunto até esta quinta-feira.
Nas principais ruas e praças do país havia dezenas de homens em motos enviados pelo regime para tentar dissuadir aqueles que pensavam em participar de mobilizações opositoras. São membros dos chamados "coletivos", milícias de civis autorizadas pelo regime para atuar como uma espécie de órgão de segurança.
Em um cenário no qual a incerteza já reina, o opositor Edmundo González, o nome que concorreu contra Maduro em 28 de julho e que teria vencido com mais de 60% dos votos segundo projetos de checagem, encontra-se na República Dominicana.
González passou também pelo Panamá, EUA, Uruguai e Argentina, todos países nos quais se encontrou com os respectivos presidentes, que lhe deram apoio e o reconheceram como presidente eleito, em um giro pelas Américas para buscar respaldo nos vizinhos.
Da ilha de Hispaniola, ele promete que irá à Venezuela nesta sexta-feira para tomar posse. É uma afirmação vista como fantasiosa por muitos analistas independentes, e também por questões de segurança a oposição não deu detalhes. Mas ex-presidentes da região dizem que acompanhariam González na empreitada. O regime afirma que prenderá o opositor e qualquer outro que entrar no país para esse fim. Os apoiadores do ditador também foram às ruas para apoiar o presidente que será empossado para mais seis anos.
 

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