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Publicada em 27 de Dezembro de 2024 às 19:26

Venezuela acusa policial argentino preso em Caracas de ligação com terrorismo

 Ministra de Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, se referiu ao ocorrido como um ato quase de guerra

Ministra de Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, se referiu ao ocorrido como um ato quase de guerra

TOMAS CUESTA/AFP/JC
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Folhapress
A Venezuela vai processar um policial argentino por supostas ligações com terrorismo internacional, de acordo com um comunicado do procurador-geral Tarek Saab desta sexta-feira (27). O governo argentino afirma que Nahuel Agustín Gallo, 33, foi preso no dia 8 de dezembro ao entrar no país vindo da Colômbia para visitar sua esposa e seu filho, que faz dois anos em janeiro.
A Venezuela vai processar um policial argentino por supostas ligações com terrorismo internacional, de acordo com um comunicado do procurador-geral Tarek Saab desta sexta-feira (27). O governo argentino afirma que Nahuel Agustín Gallo, 33, foi preso no dia 8 de dezembro ao entrar no país vindo da Colômbia para visitar sua esposa e seu filho, que faz dois anos em janeiro.
No entanto, Saab afirmou em um comunicado que ele havia "tentado entrar irregularmente (...) ocultando seu verdadeiro plano criminoso sob o pretexto de uma visita sentimental". O policial está sendo investigado "por sua ligação a um grupo de pessoas que tentaram, a partir do nosso território e com o apoio de grupos da extrema-direita internacional, executar uma série de ações desestabilizadoras e terroristas", afirmou.
Gallo também será acusado de "conspiração" e "associação para delinquir", informou o procurador.
Javier Milei, presidente argentino, classificou de "sequestro" a prisão de Gallo e chamou Nicolás Maduro de "ditador criminoso".
A ministra de Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, se reuniu nesta sexta em Buenos Aires com os familiares do policial. Ela se referiu ao ocorrido como "um ato quase de guerra". O governo argentino também diz que a detenção ocorreu "sem motivo legítimo algum".
A relação diplomática entre Venezuela e Argentina já era tensa, mas se rompeu de vez por decisão de Caracas quando Milei não reconheceu a reeleição de Maduro em 28 de julho para um terceiro mandato consecutivo de seis anos.
Um dia após a contestada reeleição, o regime expulsou funcionários diplomáticos argentinos do país.
O Brasil, então, assumiu os cuidados da sede e, portanto, de seis opositores venezuelanos que estavam asilados na embaixada desde março. A ditadura tentou retirar a gestão brasileira do prédio, mas Brasília se opôs.
A prisão de Gallo ocorreu em meados de dezembro, na mesma semana em que o chanceler argentino, Gerardo Werthein, exigiu ao ditador Nicolás Maduro, perante a Organização dos Estados Americanos (OEA), que conceda salvo-condutos aos asilados.
Com a embaixada cercada por agentes da ditadura de Maduro, os altos integrantes da campanha dos opositores Edmundo González e María Corina Machado dizem que há franco-atiradores ao redor do prédio, encapuzados e camuflados.
O grupo relata ter começado a racionar energia, água e mantimentos. Há três semanas os cortes se tornaram constantes. O espaço tem um gerador elétrico, mas o receio é de que a carga termine. Interrupções no fornecimento de água também tiveram início, e o acesso de pessoas à embaixada, para levar mantimentos, tem sido dificultado.

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