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Publicada em 18 de Dezembro de 2024 às 20:37

Condenado por corrupção, Sarkozy usará tornozeleira eletrônica

Sarkozy havia apelado contra a condenação, que ocorreu em 2021

Sarkozy havia apelado contra a condenação, que ocorreu em 2021

FRANCK FIFE/AFP/JC
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Folhapress
A Justiça da França rejeitou nesta quarta-feira (18)um recurso apresentado pela defesa do ex-presidente Nicolas Sarkozy no caso em que ele foi condenado por corrupção e tráfico de influência. O ex-líder francês terá de usar tornozeleira eletrônica durante um ano, mas não ficará recluso.
A equipe de Sarkozy havia apelado contra a condenação, que ocorreu em 2021. Patrice Spinosi, advogado do ex-presidente, disse que agora pretende acionar a Corte Europeia de Direitos Humanos para contestar a decisão. À agência AFP ele afirmou que se trata de um "dia triste" na história da Justiça francesa.
"A contestação que levaremos à Corte Europeia de Direitos Humanos pode, infelizmente, levar a uma condenação contra a França", escreveu Sarkozy no X. "Quero afirmar mais uma vez que sou inocente."
Na primeira condenação, Sarkozy recebeu uma sentença de três anos de prisão, dois dos quais suspensos pelo tribunal. Como sua defesa recorreu na época, a pena não precisou ser cumprida. O terceiro ano poderá ser cumprido pelo uso da tornozeleira, sem a necessidade de ir para um presídio.
A investigação apontou que o antigo partido do ex-presidente, o União por um Movimento Popular, que se tornou o Republicanos, e a agência de comunicação Bygmalion apresentaram notas frias durante a campanha de 2012 para esconder que as contas extrapolaram o limite legal estabelecido.
A França estabelece limites estritos aos gastos de campanha. Os promotores afirmam que Sarkozy gastou € 42,8 milhões na campanha daquele ano, quase o dobro do montante permitido. O ex-presidente sempre negou as acusações. Durante audiência, ele chegou a culpar integrantes da sua equipe de campanha: "Não escolhi nenhum fornecedor, não assinei nenhum orçamento, nenhuma fatura."
Depois, o ex-presidente foi considerado culpado de tentar subornar um juiz em troca de informações sobre a investigação. O tribunal concluiu que Sarkozy agiu para garantir um emprego em Mônaco ao juiz. O objetivo era que Azibert tentasse influenciar os demais magistrados em relação a um recurso que Sarkozy havia apresentado. Azibert também foi condenado por corrupção e tráfico de influência.
 

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