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Publicada em 11 de Dezembro de 2024 às 19:52

Ucrânia volta a atacar Rússia com mísseis americanos; Moscou promete vingança

Após o ataque a uma base aérea, Putin afirmou que irá revidar

Após o ataque a uma base aérea, Putin afirmou que irá revidar

Sofia SANDURSKAYA/AFP/JC
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Folhapress
Após uma pausa, a Ucrânia voltou a atacar a Rússia com mísseis de maior alcance feitos nos Estados Unidos, levando Moscou a prometer uma vingança. Para os americanos, ela deverá vir em breve na forma de um novo emprego da nova arma de Vladimir Putin na guerra contra o vizinho.
Após uma pausa, a Ucrânia voltou a atacar a Rússia com mísseis de maior alcance feitos nos Estados Unidos, levando Moscou a prometer uma vingança. Para os americanos, ela deverá vir em breve na forma de um novo emprego da nova arma de Vladimir Putin na guerra contra o vizinho.
A ação ocorreu nesta quarta-feira (11) contra uma base aérea em Taganrog, uma cidadezinha no Sul russo próximo à fronteira ocupada pelos russos em Donetsk. Segundo o Ministério da Defesa russo, foram lançados seis modelos ATACMS com alcance de até 300 km contra a posição.
Todos foram abatidos, disse a pasta, mas destroços atingiram alguns prédios e houve feridos leves. Já a imprensa ucraniana disse que o ataque atingiu em cheio o local, causando mais prejuízos. Seja como for, a Defesa disse que "haverá resposta".
Não havia relatos de ataques com esse tipo de arma, cujo uso foi autorizado em novembro pelos EUA contra alvos em território russo, desde o dia 29 passado - quando Moscou falou ter derrubado dez ATACMS ao longo de uma semana.
A retaliação russa foi sugerida a repórteres por uma autoridade do Pentágono, de forma anônima. Ela disse que Putin deverá lançar "nos próximos dias" mais um míssil balístico de alcance intermediário Orechnik (aveleira, em russo).
No dia 21 de novembro, logo depois da autorização ocidental para que as forças de Volodimir Zelensky atacassem a Rússia com suas armas, Moscou impressionou o mundo com um ataque de demonstração do míssil.
O Orechnik, que parece ser um derivado de um míssil intercontinental de ataque nuclear, foi desenhado como tal: atinge o alvo com múltiplas ogivas a velocidades hipersônicas (acima de 13 mil km/h), sendo virtualmente impossível de interceptar.
Putin não empregou nenhum explosivo no seu teste, usando apenas cargas que destruíram uma fábrica de armas com a força do impacto. Logo depois, passou a propagandear o Orechnik como um ponto de virada na guerra e anunciou tanto sua produção em massa como o fornecimento para a vizinha Belarus.
Enquanto isso, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia comentou o pedido de cessar-fogo imediato feito pelo republicano Donald Trump no último domingo, dizendo que as condições de Putin têm de ser implementadas sem concessões do Kremlin.
 

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