O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, de saída do cargo após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais, afirmou que Washington reconhece a vitória de Edmundo González no pleito da Venezuela, ocorrida em julho. González foi o adversário do ditador Nicolás Maduro, proclamado vencedor pelo órgão eleitoral venezuelano, controlado pelo chavismo. Diplomata aposentado, ele saiu do anonimato ao ser ungido candidato da oposição após o regime ter inabilitado María Corina Machado, principal figura da oposição.
Em uma publicação no X, Blinken disse que "o povo venezuelano falou firmemente no dia 28 de julho e escolheu Edmundo González como presidente. A democracia exige respeito à vontade dos eleitores".
Até aqui, Washington, como o Brasil, havia se recusado a reconhecer a vitória de Maduro, mas não tinha dito oficialmente que González era o presidente eleito -em agosto, entretanto, tomou um passo nesse sentido ao dizer que o opositor havia vencido a eleição. Essa é a segunda vez que os EUA reconhecem um poder paralelo no país - o primeiro governo Trump disse em janeiro de 2019 que Juan Guaidó era o líder legítimo do país.
De acordo com os documentos tornados públicos, González teria vencido a eleição presidencial com mais 67% dos votos, contra 30% de Maduro.
Folhapress