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Publicada em 14 de Novembro de 2024 às 20:47

Promotores franceses pedem prisão e inelegibilidade de Marine Le Pen

O Reagrupamento Nacional é acusado de usar dinheiro destinado a assessores da União Europeia

O Reagrupamento Nacional é acusado de usar dinheiro destinado a assessores da União Europeia

FRANCOIS LO PRESTI/AFP/JC
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Agência Estado
Promotores franceses pediram uma pena de prisão de 5 anos para a líder de direita radical Marine Le Pen e um período de 5 anos de inelegibilidade, em um julgamento sobre desvio de fundos do Parlamento Europeu, o que coloca em risco sua participação na corrida presidencial de 2027. Ela nega ter cometido crimes.O Reagrupamento Nacional e 25 de seus membros, incluindo Le Pen, são acusados de usar dinheiro destinado a assessores da União Europeia para pagar funcionários do partido, entre 2004 e 2016, em violação das regras do bloco. Os promotores pediram que Le Pen pague uma multa de ? 300 mil. Eles solicitaram que o período de inelegibilidade fosse declarado imediatamente, independentemente de recurso.O julgamento de nove semanas está programado para terminar no dia 27, com um veredicto em data posterior. Os advogados de defesa devem falar nas próximas semanas. Le Pen parecia tranquila no tribunal. "As alegações dos promotores são ultrajantes", disse.
Promotores franceses pediram uma pena de prisão de 5 anos para a líder de direita radical Marine Le Pen e um período de 5 anos de inelegibilidade, em um julgamento sobre desvio de fundos do Parlamento Europeu, o que coloca em risco sua participação na corrida presidencial de 2027. Ela nega ter cometido crimes.

O Reagrupamento Nacional e 25 de seus membros, incluindo Le Pen, são acusados de usar dinheiro destinado a assessores da União Europeia para pagar funcionários do partido, entre 2004 e 2016, em violação das regras do bloco. Os promotores pediram que Le Pen pague uma multa de ? 300 mil. Eles solicitaram que o período de inelegibilidade fosse declarado imediatamente, independentemente de recurso.

O julgamento de nove semanas está programado para terminar no dia 27, com um veredicto em data posterior. Os advogados de defesa devem falar nas próximas semanas. Le Pen parecia tranquila no tribunal. "As alegações dos promotores são ultrajantes", disse.

Eleição

De acordo com ela, o objetivo da promotoria é impedir que ela seja candidata presidencial em 2027. Le Pen foi a segunda colocada em 2017 e em 2022, atrás de Emmanuel Macron, mas a popularidade de seu partido cresceu nos últimos anos.

A promotora Louise Neyton disse que a investigação provou que as fraudes cometidas por Le Pen "não têm precedentes devido ao escopo, duração e natureza organizada, automática e sistêmica". Ela denunciou "os danos duradouros que esse comportamento causou ao jogo democrático".

Desde o início do julgamento, Le Pen tem marcado presença no tribunal, sentada na primeira fila, expressando sua irritação com as alegações que ela diz serem falsas. Advogada por formação, ela acompanha o processo com atenção, às vezes mostrando discordância com a cabeça e caminhando para consultar seus advogados.

Em depoimento, ela argumentou que a missão dos assessores do partido deveria ser adaptada às atividades dos eurodeputados, incluindo algumas altamente políticas relacionadas à legenda. Le Pen insistiu que "nunca recebeu uma repreensão do Parlamento". "As regras ou não existiam ou eram muito mais flexíveis", disse.

Le Pen temia que o tribunal tirasse conclusões erradas das práticas comuns do partido que ela disse serem legítimas. "É injusto. Quando alguém está convencido de que tomate significa cocaína, toda a lista de compras se torna suspeita", afirmou.

Provas

O presidente do tribunal, Bénédicte de Perthuis, disse que não importa quais questões políticas possam estar em jogo, o tribunal deveria se ater a um raciocínio legal. "No final, a única questão que importa é determinar, com base no conjunto de evidências, se os assessores parlamentares trabalharam para o eurodeputado ao qual estavam vinculados ou para o Reagrupamento Nacional", disse.

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