O Ministério das Relações Exteriores do Brasil foi acionado por diversas delegações estrangeiras que estão no Rio de Janeiro para os eventos do G20 após as explosões registradas na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na quarta-feira (13).
O Rio de Janeiro realiza a partir da próxima segunda-feira (18) a Cúpula do G20, evento que deve reunir quase 40 chefes de Estado. Assim que surgiram as primeiras notícias sobre as explosões, os representantes desses países entraram em contato com o governo Lula (PT) e perguntaram sobre a segurança do G20.
De acordo com pessoas com conhecimento do tema, os representantes brasileiros ressaltaram que a cúpula do G20 contará com um elevado protocolo de proteção de autoridades, que foi apresentado às delegações ao longo de reuniões nos últimos meses. Disseram ainda que o caso está sendo investigado pelas autoridades e reforçaram que o incidente ocorreu em outra cidade.
De acordo com um interlocutor no governo Lula, as explosões em Brasília elevam o nível de alerta para a segurança no G20, mas o protocolo da cúpula já conta com medidas preventivas para diversos tipos de situação, inclusive a ameaça de explosivos.
A Embaixada dos Estados Unidos está em contato com as autoridades de segurança do Brasil sobre as explosões reportadas em Brasília. Procurado pela reportagem, o Itamaraty disse que a segurança do G20 é adequada, e que o Brasil tem experiência em organizar grandes eventos internacionais.
O homem que se explodiu na praça dos Três Poderes, em Brasília, e que detonou o próprio carro a cerca de 300 metros da Esplanada dos Ministérios já foi candidato a vereador pelo PL em Santa Catarina e esteve no STF (Supremo Tribunal Federal) em agosto.
LEIA TAMBÉM: Na COP29, Marina Silva festeja aprovação do mercado de carbono: 'Contexto não podia ser melhor'
Francisco Wanderley Luiz, 59 anos, era chaveiro e disputou a eleição de 2020 com o nome de urna Tiü França, em Rio do Sul (SC), mas não foi eleito. Antes de morrer, publicou uma série de mensagens sobre o ataque, misturando declarações de cunho político e religioso. A Polícia Militar do Distrito Federal desativou quatro explosivos encontrados na região da praça dos Três Poderes durante a madrugada e manhã desta quinta-feira (14).
Folhapress