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Publicada em 12 de Novembro de 2024 às 11:24

Sucesso da COP 29 é fundamental para COP 30, omissão agora custará muito depois, diz Alckmin

 Alckmin disse ser fundamental os países conseguirem atingir os objetivos previstos nesta edição

Alckmin disse ser fundamental os países conseguirem atingir os objetivos previstos nesta edição

Wilson Dias/Agência Brasil/JC
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Agência Estado
O vice-presidente e chefe da delegação brasileira na 29ª Conferência das Nações Unidas sobre mudanças Climáticas (COP 29), Geraldo Alckmin, disse ser fundamental os países conseguirem atingir os objetivos previstos nesta edição do evento para haver sucesso na próxima edição, a COP 30, que acontecerá no Brasil.
O vice-presidente e chefe da delegação brasileira na 29ª Conferência das Nações Unidas sobre mudanças Climáticas (COP 29), Geraldo Alckmin, disse ser fundamental os países conseguirem atingir os objetivos previstos nesta edição do evento para haver sucesso na próxima edição, a COP 30, que acontecerá no Brasil.
• LEIA TAMBÉM: Países aprovam na COP 29 regras de mercado global de carbono

"O sucesso da COP 29 é parte fundamental para o sucesso da COP 30 - que teremos orgulho de sediar em Belém, no Brasil - e para a resposta global à mudança no clima. A omissão de agora custará muito para o depois", afirmou, durante discurso.

"A conferência de Baku aspira a definir o novo objetivo de financiamento climático. Esse objetivo deve ser ambicioso, de modo a limitar o aumento da temperatura a 1,5 grau Celsius. Baku tem também desafio de finalizar as negociações do mercado de carbono e orientar o caminho para a implementação dos compromissos históricos atingidos na COP 28, em particular sobre energia e florestas", acrescentou.

Alckmin ressaltou que o Brasil é reconhecido como potência ambiental. "Temos a maior floresta tropical do mundo, temos a matriz energética mais limpa entre as grandes economias. Uma agricultura eficiente e verde e sobretudo temos a consciência e o comprometimento de que só há um futuro se for sustentável", afirmou.

Ele comentou sobre a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, em inglês) do Brasil para o combate à mudança climática, repetindo que o plano é reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa em até 67% até 2035 na comparação com os níveis observados em 2005.

O vice-presidente classificou a meta como "ambiciosa, certamente, mas também factível", mas especialistas avaliam que a proposta é tímida - incapaz de cumprir o objetivo de limitar em 1,5 grau Celsius a elevação da temperatura global, segundo o Instituto Talanoa.

A meta de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEEs) representa uma redução de 39% a 50% em relação às emissões líquidas de 2019 (1.712 MtCO2e). Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e o primeiro Balanço Global do Acordo de Paris, a recomendação é de um corte que alcance 60% até 2035 em relação a 2019.

Marina Silva prega o fim de todo tipo de desmatamento no País

No discurso, Alckmin disse que a meta brasileira reflete "nossa mais alta ambição", mas disse que será necessário "assegurar as condições e meios de implementação adequados" para que ela seja cumprida.
Em entrevista após o discurso de Alckmin, a ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, afirmou que a nova meta climática deve trazer o objetivo de acabar com todo o desmatamento no país, quer seja ilegal ou legal.
"Nosso compromisso é com desmatamento zero. Porque nós queremos aumentar a produção por ganho de produtividade e não por expansão predatória da fronteira agrícola", declarou. "Nós temos condição de dobrar nossa produção sem precisar destruir a floresta e a biodiversidade."
Uma comitiva de ministros, incluindo Alckmin e Marina, inaugurou o chamado Pavilhão Brasil na COP 29 na manhã desta terça em Baku. O espaço, um dos que representam o país na cúpula climática, é organizado pela Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).
Mais cedo, Alckmin e Marina também se reuniram com António Guterres, secretário-geral da ONU. O vice-presidente retorna ao Brasil nesta quinta-feira (14). Após sua partida, a delegação brasileira será comandada por Marina. Tradicionalmente, a segunda semana das conferências do clima tem liderança de ministros e diplomatas, para o encaminhamento de decisões até a conclusão do evento.

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