O temor de episódios de violência nas seções eleitorais não se confirmou e as eleições transcorreram de forma tranquila em grande parte dos Estados Unidos. Organismos de monitoramento e autoridades governamentais afirmam que o dia transcorreu sem grandes problemas para o embate entre o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harris.
Houve apenas alguns incidentes menores com software. No condado de Cambria, na Pensilvânia, eleitores não estavam conseguindo escanear suas cédulas, mas oficiais locais afirmaram que não há evidência de fraude e que todos os votos serão contados normalmente. Nas redes sociais, republicanos denunciaram o problema e disseram que seus advogados estão analisando o caso.
A previsão é de que os resultados sejam divulgados mais rápidos do que na último pleito, em 2020. Em um país completamente dividido entre democratas e republicanos, a grande expectativa é saber quanto tempo levará para definir o novo presidente. Sem se ter certeza, algumas projeções mais otimistas apontam que até a tarde desta quarta-feira (6) pode ser possível saber quem venceu as eleições.
Mais de 82 milhões de eleitores votaram antecipadamente e as filas se espalharam pelas seções eleitorais abertas no país, com vários fusos horários. As pesquisas apontam um empate nos sete estados que definirão o vencedor: Pensilvânia, Michigan, Wisconsin, Carolina da Norte, Geórgia, Arizona e Nevada. Os demais estados geralmente se dividem entre os tradicionalmente democratas ou republicanos.
Donald Trump depositou presencialmente seu voto nas eleições dos Estados Unidos nesta terça-feira (6), em West Palm Beach, na Flórida. Em seguida, falou com jornalistas e tocou no assunto que gera mais expectativa em torno de sua conduta nessa disputa: o reconhecimento de uma eventual derrota para a democrata Kamala Harris.
"Se for uma eleição justa, eu seria o primeiro a reconhecer", disse o republicano, embora não tenha deixado claros os seus critérios para considerar o pleito justo. O candidato disse ainda que não tinha planos de dizer a seus apoiadores que se abstenham de violência caso seja derrotado por Kamala. Isso porque, segundo ele, não há necessidade para tanto. "Não preciso dizer isso a eles porque eles não são pessoas violentas", afirmou.
Após ter anunciado que votou pelo correio, a vice-presidente Kamala Harris pediu aos norte-americanos que "saíssem para votar" nas eleições presidenciais, especialmente nos sete estados-chave, em uma entrevista de rádio pela manhã. "Temos que fazer isso. Hoje é dia de votação e as pessoas têm que sair e ser ativas", disse a candidata democrata no Big Tigger Morning Show, da emissora WVEE-FM de Atlanta, sobre uma eleição muito acirrada que ela disputa com o ex-presidente republicano. Kamala acompanhará a apuração em Washington.