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Publicada em 03 de Novembro de 2024 às 21:01

Com previsão de mais chuvas, mortos chegam a 217 na Espanha

Pessoas tentam limpar o mar de lama deixado após a passagem da água

Pessoas tentam limpar o mar de lama deixado após a passagem da água

JOSE JORDAN/AFP/JC
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Folhapress
A população de Paiporta, em Valência, na Espanha, demonstrou revolta neste domingo (3) durante a visita da família real espanhola e de outras autoridades, como o primeiro-ministro Pedro Sánchez, a um dos locais mais afetados pelas inundações desta semana, que já deixaram 217 mortos. "Assassinos, assassinos!", gritaram os moradores na direção do rei Felipe VI, da rainha Letizia, de Sánchez e do presidente valenciano (equivalente a governador), Carlos Mazón, enquanto jogavam pedras e lama neles. O rei insistiu em permanecer para conversar com as pessoas apesar dos protestos, enquanto o primeiro-ministro deixou o local.
A população de Paiporta, em Valência, na Espanha, demonstrou revolta neste domingo (3) durante a visita da família real espanhola e de outras autoridades, como o primeiro-ministro Pedro Sánchez, a um dos locais mais afetados pelas inundações desta semana, que já deixaram 217 mortos. "Assassinos, assassinos!", gritaram os moradores na direção do rei Felipe VI, da rainha Letizia, de Sánchez e do presidente valenciano (equivalente a governador), Carlos Mazón, enquanto jogavam pedras e lama neles. O rei insistiu em permanecer para conversar com as pessoas apesar dos protestos, enquanto o primeiro-ministro deixou o local.
Felipe VI tentou ouvir moradores que acusavam as autoridades de tê-los abandonado à própria sorte, sem oferecer ajuda em meio às inundações que deixaram dezenas de desaparecidos.
Após o incidente deste domingo, Sánchez afirmou que compreende o sofrimento dos atingidos pelas inundações, mas condenou "qualquer tipo de violência". O governo central disse que emitir alertas para a população é responsabilidade das autoridades regionais. Esses, por sua vez, disseram que agiram da melhor forma possível com as informações disponíveis. Sánchez afirmou no sábado que qualquer negligência potencial seria investigada posteriormente.
O número de mortos na pior enchente na história moderna do país subiu para 217 neste domingo - quase todos na região de Valência e mais de 60 deles apenas em Paiporta. Dezenas de pessoas ainda estão desaparecidas, enquanto cerca de 3 mil residências não têm eletricidade, disseram autoridades. A busca de sobreviventes continua sob a ameaça de novas chuvas torrenciais durante o dia.
Milhares de soldados e policiais adicionais se juntaram ao esforço de assistência durante o fim de semana na maior operação de paz desse tipo na Espanha. As inundações engoliram ruas e andares inferiores de prédios, e arrastaram carros e pedaços de alvenaria em ondas de lama.
 

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