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Publicada em 02 de Novembro de 2024 às 16:31

'Vote para acabar com a era Trump', diz The New York Times em novo editorial

Em 26 de outubro, assinantes receberam edição com editorial do New York Times contra Trump

Em 26 de outubro, assinantes receberam edição com editorial do New York Times contra Trump

PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
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Folhapress
O tradicional jornal americano The New York Times publicou neste sábado (2) mais um editorial em que defende o voto contra o ex-presidente Donald Trump na corrida pela Casa Branca. Em um curto texto intitulado "Vote para acabar com a era Trump", o conselho editorial do jornal afirma que Trump não é adequado para liderar o país e é uma ameaça à democracia.
O tradicional jornal americano The New York Times publicou neste sábado (2) mais um editorial em que defende o voto contra o ex-presidente Donald Trump na corrida pela Casa Branca. Em um curto texto intitulado "Vote para acabar com a era Trump", o conselho editorial do jornal afirma que Trump não é adequado para liderar o país e é uma ameaça à democracia.
O texto está repleto de links que direcionam para outros artigos de opinião do mesmo jornal que criticam o ex-presidente. Um trecho, por exemplo, chama os eleitores a "ouvir aqueles que melhor conhecem ele [Trump]" e contém uma ligação que leva a um artigo que lista os ex-assessores do republicano que já fizeram declarações públicas contra ele.
"A corrupção e a ilegalidade de Trump vão além das eleições: é todo o seu éthos. Ele mente sem limites. Se for reeleito, o Partido Republicano não o conterá. Trump usará o governo para atacar opositores. Ele perseguirá uma política cruel de deportações em massa. Ele causará estragos nos pobres, na classe média e nos empregadores. Outro mandato de Trump prejudicará o clima, destruirá alianças e fortalecerá autocratas. Os americanos devem exigir mais. Vote", diz o texto do Times.
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Editorial está na capa do site do NYT com links que remetem a mais conteúdos contra Trump | NYT/REPRODUÇÃO/DIVULGAÇÃO/JC
Editorial está na capa do site do NYT com links que remetem a mais conteúdos contra Trump NYT/REPRODUÇÃO/DIVULGAÇÃO/JC
O editorial do jornal de Nova York é publicado dias após a polêmica envolvendo seu principal concorrente, o The Washington Post, que anunciou que nesta eleição não apoiaria nenhum candidato - rompendo uma tradição de 30 anos.
O ato do Post levou ao cancelamento de pelo 200 mil assinaturas digitais e à renúncia de diversos colunistas, de acordo com a rádio pública americana NPR, atribuindo a informação a duas pessoas com conhecimento do assunto.
Críticas vieram também de Marty Baron, ex-editor-executivo do jornal. Na rede social X, ele afirmou que, com a decisão, o jornal demonstra uma "falta de coragem perturbadora". "Isso é covardia, e a democracia é a vítima. Trump verá isso como um convite para intimidar ainda mais o proprietário Jeff Bezos (e outros)", escreveu.
O dono do The Washington Post, Jeff Bezos, justificou a decisão afirmando que endossos prejudicam a imagem de empresas de comunicação.
O New York Times, por outro lado, já havia apoiado abertamente a atual vice-presidente, Kamala Harris, do Partido Democrata. Em 30 de setembro, um artigo do conselho editorial do jornal se debruçou sobre o que entende ser perigoso para a democracia americana caso Trump volte à Casa Branca.
Disse que "é difícil imaginar um candidato menos merecedor do cargo de presidente dos EUA que Donald Trump", e que essa razão, "a despeito de discordâncias políticas", faz de Kamala "a única escolha patriótica" para o cargo.
Sobre a democrata, o editorial de setembro diz: "ela não é a candidata perfeita para cada eleitor, em especial aqueles frustrados e irritados com a incapacidade do governo de consertar o que está quebrado: do nosso sistema de imigração a escolas públicas e violência armada. Mas instamos o povo americano a comparar o histórico [de Kamala] com o de seu oponente".
O jornal contrastou ainda o passado da vice-presidente como procuradora com as condenações de Trump na Justiça, que o republicano diz serem resultado de perseguição política. Também apontou falas do ex-presidente que indicariam que ele pretende "destruir os valores, desafiar as normas e desmontar as instituições que tornaram o país forte".

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