O trauma do 6 de janeiro de 2021, quando apoiadores de Donald Trump invadiram o Capitólio, e a perspectiva de uma nova contestação do resultado da eleição neste ano levaram Washington a se preparar para um período turbulento.
A prefeita da capital americana, a democrata Muriel Bowser, solicitou reforços ao governo federal. Em setembro, o departamento de Segurança Interna de Joe Biden aprovou o pedido e designou o dia 6 de janeiro, data em que o Congresso confirma a vitória do candidato eleito, como um Evento de Segurança Especial Nacional (NSSE, na sigla em inglês).
A classificação, uma novidade em relação à última eleição, significa que a data é vista como alvo potencial de terrorismo ou outras ações criminais. Na prática, fica a cargo do Serviço Secreto coordenar todo o esquema de segurança, em cooperação com FBI e autoridades locais.
Outras datas em foco são o 5 de novembro, quando ocorre a eleição, e 17 de dezembro, quando os delegados votam no Colégio Eleitoral -confirmando o resultado da votação em seus estados, se tudo ocorrer como esperado.
A cidade já considera que o vencedor não será declarado na noite do pleito. "Podemos entrar em um período em que teremos uma disseminação generalizada de desinformação e fake news sobre o resultado da eleição", disse o administrador-assistente de Washington, Chris Rodriguez, a jornalistas na terça-feira (22).
"Por um período, talvez dias ou semanas, o país, e em muitos aspectos o mundo, estará esperando pelo vencedor declarado", declarou.
Cerca de 4 mil agentes de segurança adicionais serão alocados na capital entre 6 de janeiro e a posse, no dia 20. A prefeita também afirmou que todo o entorno do Capitólio ficará cercado nesse período.
A Polícia do Capitólio eliminou uma das etapas necessárias para solicitar apoio da Guarda Nacional, mas afirmou que espera não precisar contar com a ajuda da corporação federal, "a menos que seja o último recurso".
Folhapress