A democrata Kamala Harris deve fazer seu discurso final de campanha à Presidência dos EUA na próxima terça (29), a uma semana da eleição, no mesmo lugar em que Donald Trump negou ter sido derrotado e incitou seus apoiadores a marcharem ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021. O comício deve ocorrer na Elipse, uma área ao sul da Casa Branca, em Washington. A programação ainda não foi confirmada oficialmente pela campanha.
A escolha simbólica busca ressaltar o principal ataque de democratas ao adversário nesta reta final: Trump é uma ameaça à democracia americana. Kamala deve relembrar a invasão ao Congresso por apoiadores do ex-presidente, na tentativa de impedir a confirmação da vitória de Joe Biden.
A estratégia de democratas é ganhar eleitores indecisos e republicanos avessos a Trump, na esperança de eles fazerem diferença em uma eleição projetada para ser a mais acirrada da história dos EUA.
Vieram a calhar para a campanha as entrevistas nesta semana de John Kelly, o mais duradouro chefe de gabinete do empresário. General reformado, Kelly disse que o republicano é fascista e que dizia, quando presidente, querer ter generais como os do ditador nazista Adolf Hitler. Trump afirma que o ex-aliado, a quem chamou de degenerado em um post nas redes sociais, está mentindo.
As declarações foram exploradas por Kamala durante um evento com eleitores promovido pela CNN na noite de quarta (23). A vice-presidente disse concordar com a classificação de Trump como um fascista, afirmando que ele é instável e inapto para o cargo.
Folhapress