Os territórios de comunidades afrodescendentes do Brasil e da Colômbia terão um programa bilateral de apoio à proteção fundiária, conservação da biodiversidade e implementação de sistemas agrícolas tradicionais. A iniciativa será apresentada esta semana na cidade colombiana de Cali, sede da COP-16, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade, que ocorre a partir desta segunda-feira (21) até 1º de novembro.
"Levamos à convenção da biodiversidade na COP-16 uma proposta comum ao Brasil e à Colômbia, que tem como centro o reconhecimento dos povos afrodescendentes na implementação da convenção da diversidade biológica", anunciou a diretora de Políticas para Quilombolas e Ciganos do Ministério da Igualdade Racial, Paula Balduíno, durante sessão ordinária do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), na semana passada.
"Levamos à convenção da biodiversidade na COP-16 uma proposta comum ao Brasil e à Colômbia, que tem como centro o reconhecimento dos povos afrodescendentes na implementação da convenção da diversidade biológica", anunciou a diretora de Políticas para Quilombolas e Ciganos do Ministério da Igualdade Racial, Paula Balduíno, durante sessão ordinária do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), na semana passada.
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Na ocasião, a OEA aprovou por aclamação uma resolução sobre reconhecimento, justiça e desenvolvimento sustentável para comunidades quilombolas no continente.
A COP da biodiversidade resulta de um tratado da Organização das Nações Unidas estabelecido durante a ECO-92, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Cnumad), realizada no Rio de Janeiro, é considerada um dos mais importantes instrumentos internacionais relacionados ao meio ambiente.
Desde então, as metas vêm sendo atualizadas regularmente entre os países da ONU. Para 2023, foram definidas 23 metas para deter e reverter a perda de biodiversidade e colocar a natureza em um caminho de recuperação para o benefício da população global, conservando e usando de forma sustentável a biodiversidade e garantindo a distribuição justa e equitativa dos benefícios do uso de recursos genéticos.
Batizado de Quilombo das Américas, o programa dos governos de Brasil e Colômbia visa fortalecer também a identidade, a memória e a luta dessas comunidades.
O programa pretende criar um espaço de articulação e cooperação entre essas comunidades, promovendo o reconhecimento de seus direitos, a preservação de suas culturas e a justiça social e racial, segundo o Ministério da Igualdade Racial.
O lançamento da iniciativa, nesta segunda-feira, deve reunir a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e a vice-presidente colombiana Francia Marquez.
O lançamento da iniciativa, nesta segunda-feira, deve reunir a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e a vice-presidente colombiana Francia Marquez.