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Publicada em 06 de Outubro de 2024 às 19:54

Israel volta a invadir Gaza na véspera do 7 de outubro

Sul de Beirute continua bastante bombardeado pelos israelenses

Sul de Beirute continua bastante bombardeado pelos israelenses

AFP/JC
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Folhapress
Na véspera do aniversário de um ano do 7 de outubro, Israel lançou uma ofensiva terrestre pela primeira vez em meses contra a Faixa de Gaza. O objetivo, diz Tel Aviv, é desmantelar novas células do Hamas e evitar a reorganização grupo terrorista no Norte da região palestina.
Na véspera do aniversário de um ano do 7 de outubro, Israel lançou uma ofensiva terrestre pela primeira vez em meses contra a Faixa de Gaza. O objetivo, diz Tel Aviv, é desmantelar novas células do Hamas e evitar a reorganização grupo terrorista no Norte da região palestina.
A ação envolveu tanques e blindados, além de ataques aéreos que se espalharam por todo o território ao longo da madrugada de domingo. Ao menos 20 pessoas morreram no Norte de Gaza, segundo as autoridades locais.
Mas o ataque mais mortífero ocorreu no centro de Gaza, na área de Dei al-Balah. Lá, uma mesquita e uma escola foram atingidas, e ao menos 24 pessoas morreram e 93, ficaram feridas, segundo o ministério da Saúde ligado ao Hamas.
Israel afirma ter feito bombardeio de precisão contra bases do Hamas, que usualmente estão misturadas a centros civis. O grupo terrorista nega fazer isso, embora haja evidências fartas sobre a prática. Desde que foi atacado pelos palestinos há um ano, Israel tem assumido o desgaste das 41,8 mil mortes que a destruição de Gaza provocou.
No sábado (5), Tel Aviv emitiu ordem de evacuação de civis da região que atacou, mas a precariedade dificulta movimentos: estima-se que 90% dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza já tenham se deslocado internamente no conflito.
A operação israelense veio após as Forças Armadas decretarem estado de alerta para ataques terroristas devido ao aniversário do 7 de outubro, o maior atentado de sua história, promovido pelo Hamas há um ano. Além disso, há a tensão devido à escalada do conflito para uma guerra maior, com a ofensiva contra o aliado do Hamas Hezbollah no Líbano e o bombardeio que o Irã promoveu na semana passada.
Eventos de celebração da memória das 1.170 vítimas e protestos por um acordo que solte os talvez 64 reféns ainda vivos em Gaza foram descentralizados por causa desse cenário. Jerusalém, que tem restrições menores para a reunião de pessoas, concentrou atos no sábado. As operações no Líbano continuam, com uma das maiores séries de explosões desta guerra sendo registrada nos subúrbios da zona sul da capital libanesa. Por quase meia hora, colunas de fogo e fumaças eram vistas no céu da aurora.
Não há ainda balanço de vítimas. Desde que escalou a guerra contra o Hezbollah, Israel vem mirando os bunkers do grupo na capital. No Sul libanês, os combates continuam entre forças terrestres de Israel e o Hezbollah. Tel Aviv disse no sábado que já havia destruído 2 mil alvos do grupo na região e matado 440 soldados. Até aqui, relatou dez mortes israelenses.
Já no Sul de Israel, uma mulher de 25 anos foi morta e outras 10 pessoas ficaram feridas neste domingo em um ataque a tiros na estação central de ônibus de Beersheba, no Sul do país, informou a polícia. O incidente está sendo tratado como um "ataque terrorista". O agressor foi morto no local.
 

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