Pelo menos nove pessoas morreram em um ataque noturno de Israel contra o centro de Beirute, capital do Líbano. Foi a primeira vez que Israel atingiu a região desde a guerra de 2006. Um dos ataques afetou um prédio de vários andares no bairro residencial Bashoura. O local abrigava um escritório da Health Society, um grupo de socorristas civis ligada ao Hezbollah. Foi o ataque mais próximo do distrito central de Beirute até agora, onde ficam as Nações Unidas e os escritórios de governo.
Ataque matou pelo menos sete profissionais de saúde, segundo o site Al Jazeera. Outras 14 pessoas ficaram feridas no bombardeio. Nenhum aviso israelense foi emitido para a área antes do bombardeio.
Dois jornalistas belgas ficaram feridos. Eles eram correspondentes e câmera nas companhias VTM e faziam reportagens sobre ataques aéreos em Beirute quando foram atingidos no rosto e na perna. A dupla não corre risco de morte.
Exército de Israel ordena evacuação imediata de 25 áreas no Sul do Líbano. As áreas a serem evitadas ficam após o rio Litani. Em publicação feita em árabe nas redes sociais, o porta-voz Avichay Adraee afirmou que moradores "próximos a operações do Hezbollah, das suas instalações e das suas armas se colocam em risco".
Mais de 70 foguetes foram lançados em direção a Israel nesta quinta. Segundo as Forças de Defesa de Israel, em meia-hora, 50 foguetes e dois drones foram disparados pelo Líbano. A maioria deles atingiu a região da Baixa Galiléia e foi abatida. Alguns deles causaram "impacto" na região, mas não há registro de feridos.
Autoridades libanesas também relatam dezenas de explosões e ataques com "aviões de guerra hostis" ao Sul de Beirute, conhecido como um reduto do Hezbollah. Pelo menos dois cidadãos etíopes foram mortos no distrito de Tiro.
Israel diz que matou 15 integrantes do Hezbollah no Sul do Líbano. Segundo as autoridades, um prédio municipal na cidade de Bint Jbeil era usado por militantes para armazenar "grandes quantidades" de armas.
Ainda nesta quinta, governo israelense anunciou ter matado o chefe do governo do Hamas na Faixa de Gaza, Rawhi Mushtaha, ao lado de dois outros membros da cúpula do grupo terrorista cujo ataque há um ano contra o Estado judeu jogou o Oriente Médio em uma guerra que cresce diariamente.
Mushtaha, o ministro da segurança Sameh al-Siraj e Sami Ouded, comandante do sistema prisional do Hamas, foram alvejados por caças israelenses em um bunker no norte de Gaza há três meses, segundo as Forças Armadas de Tel Aviv. O Hamas não comentou o episódio, como em outras ocasiões. Seu líder supremo, Yahya Sinwar, não é visto há semanas, estando provavelmente escondido em túneis com reféns tomados no ataque do 7 de outubro.
Folhapress