O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, é "persona non grata" em Israel, declarou o país nesta quarta-feira (2). Ele "não merece pisar em solo israelense", afirmou ministro. Em comunicado, chefe da pasta das Relações Exteriores, Israel Katz, disse que o representante da ONU não "condenou de forma inequívoca" ataque de mísseis do Irã contra o território israelense de terça-feira (2).
"Este é um secretário-geral anti-Israel, que dá apoio a terroristas, estupradores e assassinos", disse o ministro israelense. Na terça-feira, Guterres condenou "a ampliação do conflito no Oriente Médio, com escalada após escalada". "Isso precisa acabar. Precisamos absolutamente de um cessar-fogo", disse.
Israel já havia tomado a mesma decisão em relação ao presidente Lula em fevereiro. Na ocasião, seus comentários sobre a ação de Benjamin Netanyahu em Gaza causaram o posicionamento do ministro.
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A declaração sobre o chefe da ONU ocorre no dia em que o Conselho de Segurança se reúne em caráter de emergência. A reunião, para lidar com a situação e a crise relacionada com os ataques também de Israel ao Líbano, foi anunciada na terça.
A crise entre a ONU e Israel não é nova, ainda que a medida eleve a tensão. No ano passado, o então chanceler, Eli Cohen, fez uma ofensiva contra o português, na tentativa deliberada de enfraquecer qualquer ação da entidade em Gaza.
A ONU tem denunciado a ofensiva israelense e alertado que os ataques do Hamas não ocorreram num vácuo. A entidade também tem criticado os ataques contra hospitais, enquanto seus relatores falam em crimes de guerra.
"Vamos continuar guerra até eliminar Hamas e retirar reféns", prometeu. Segundo ele, até agora o Comitê Internacional da Cruz Vermelha não obteve acesso aos israelenses levados pelo Hamas.
Folhapress