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Publicada em 30 de Setembro de 2024 às 15:41

Israel faz incursões por terra no Líbano para possível invasão

Representante do Hezbollah afirmou que a milícia está pronta para enfrentamentos

Representante do Hezbollah afirmou que a milícia está pronta para enfrentamentos

Rabih Daher/AFP/Reprodução/JC
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Agência Estado
As Forças de Defesa de Israel fizeram incursões terrestres no Líbano para preparar uma possível invasão ao país, disseram autoridades militares nesta segunda-feira (30). Tanques israelenses foram vistos reunidos perto da fronteira que separa os dois países. A milícia xiita Hezbollah, sediada no Líbano, disse estar pronta para o combate.
As Forças de Defesa de Israel fizeram incursões terrestres no Líbano para preparar uma possível invasão ao país, disseram autoridades militares nesta segunda-feira (30). Tanques israelenses foram vistos reunidos perto da fronteira que separa os dois países. A milícia xiita Hezbollah, sediada no Líbano, disse estar pronta para o combate.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, escreveu na rede social X que as tropas estão prontas para entrar no país. Ele disse que o objetivo israelense é dizimar o Hezbollah para garantir o retorno dos moradores do norte de Israel, expulsos de suas casas desde o início do conflito na fronteira depois do 7 de outubro. "Juntamente com os combatentes da 188ª Brigada na fronteira norte, as forças estão prontas e preparadas para atacar o Hezbollah com força", escreveu Gallant.
O vice-líder do Hezbollah, Naim Qassem, afirmou em um discurso gravado que Israel não cumprirá os objetivos e que seus combatentes estão prontos para uma invasão terrestre de Israel. "Enfrentaremos qualquer possibilidade e estamos prontos se os israelenses decidirem entrar por terra", disse ele. Foi a primeira vez que Qassem falou desde a morte do líder do grupo, Hasan Nasrallah, em um bombardeio no sul de Beirute.
Oficiais e autoridades israelenses disseram que os ataques nos últimos dias ao Líbano se concentraram na coleta de informações sobre as posições do Hezbollah perto da fronteira e na identificação de túneis e infraestrutura militar da milícia, em preparação para atacá-los pelo ar ou por terra. Segundo o jornal americano The New York Times, não havia uma decisão final para lançar ou não a invasão no país, que seria a primeira de Israel desde 2006.
Em paralelo, Israel continua com uma série de ataques de longo alcance em todo o Oriente Médio contra grupos apoiados pelo Irã, incluindo o Hamas na Faixa de Gaza e os houthis no Iêmen, além do próprio Hezbollah.
O Hamas confirmou que seu líder no Líbano, Fatah Sherif Abu al Amine, foi morto com sua família em um ataque aéreo a um campo de refugiados para palestinos no sul do Líbano. Os militares israelenses disseram que ele coordenou os laços do Hamas com o Hezbollah e trabalhou para fortalecer sua presença no país.
Os ataques continuam desde a noite de sexta (27), dia da morte de Hasan Nasrallah, o líder do Hezbollah. Após a sua morte, Israel disse que os objetivos de guerra ainda não estavam cumpridos e lançaram ataques contra dezenas de alvos da milícia no domingo (29), com o objetivo de destruir lançadores de foguetes e edifícios de Israel.

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