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Publicada em 26 de Setembro de 2024 às 21:26

Forças de Israel nega cessar-fogo e dobra ataques contra o Hezbollah

Primeiro-ministro não abre mão de atacar seus inimigos até o fim

Primeiro-ministro não abre mão de atacar seus inimigos até o fim

/Shaul GOLAN/AFP/JC
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Folhapress
Buscando mais tempo para degradar a situação militar do Hezbollah ante a pressão dos EUA por um cessar-fogo visando evitar uma guerra aberta, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rejeitou o pedido pela trégua nesta quinta-feira (26) e dobrou a aposta contra os libaneses.
Buscando mais tempo para degradar a situação militar do Hezbollah ante a pressão dos EUA por um cessar-fogo visando evitar uma guerra aberta, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rejeitou o pedido pela trégua nesta quinta-feira (26) e dobrou a aposta contra os libaneses.
A proposta por um cessar-fogo de 21 dias havia sido feita pelos EUA, principal fiador de Tel Aviv, e aliados como França e Arábia Saudita. A chancelaria israelense a rejeitou enquanto Netanyahu voava para Nova York, onde fala nesta sexta à Assembleia-Geral da ONU.
Foi uma forma de retirar pressão do político também em casa, onde a ideia foi bombardeada pela base extremista do primeiro-ministro e analistas da situação no norte do país. Enquanto isso, as forças de Israel intensificaram sua campanha aérea contra alvos do Hezbollah não só no Sul do Líbano, sua base de operações, mas também contra o coração do grupo: mais um comandante militar, o chefe de operações aéreas Mohammad Surur, foi morto em um ataque em Beirute.
Com isso, chegam a 18 de 19 líderes principais da ala combatente do Hezbollah mortos na atual guerra na região. Ela começou quando os palestinos do Hamas lançaram o mais mortífero ataque contra Israel em 50 anos, em 7 de outubro do ano passado.
Aliado do Hamas e joia da coroa da aliança anti-Israel comandada e financiada pelo Irã, o Hezbollah passou a atacar o Estado judeu com intensidade mais alta do que a usual, mas sem escalar para uma guerra total com potencial de contaminar todo o Oriente Médio.
O frágil equilíbrio teve pontos agudos, mas desde a semana passada Netanyahu decidiu que fazer as 60 mil pessoas que saíram de suas casas devido ao Hezbollah neste ano de conflito voltar para casa seria uma prioridade.
O Hezbollah está em momento de baixa. Militares israelenses falam em 40% de perda de seus arsenais, mais isso é bastante difícil de aferir. É fato que o grupo está com desorganização de sua cadeia de comando e sendo duramente atingido.
 

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