A Ucrânia lançou mais de 140 drones sobre o território da Rússia na madrugada desta terça-feira, 10, segundo autoridades russas. O ataque, um dos maiores já realizados pelos ucranianos em dois anos e meio de guerra, teve alvos em várias regiões, incluindo Moscou.
• LEIA TAMBÉM: Ataques de Israel na Síria deixam ao menos 14 mortos e 43 feridos, diz mídia estatalEm Ramenskoie, perto da capital russa, dois prédios residenciais foram atingidos e pegaram fogo. Uma mulher morreu e três pessoas ficaram feridas.
O
s ataques levaram ao fechamento temporário de três aeroportos nos arredores de Moscou, o que levou 48 voos a pousar em outras localidades.
Destroços de drones caíram sobre uma residência em um subúrbio da capital russa, mas ninguém ficou ferido. O prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, disse que mais de 12 artefatos foram interceptados pela defesa antiaérea sobre a cidade.
O Ministério da Defesa da Rússia informou ter "
interceptado e destruído" 144 drones sobre nove regiões da Rússia, tanto nas proximidades com a fronteira com a Ucrânia quanto no interior do país. É a segunda vez neste mês que a Ucrânia lança um grande ataque de drones contra a Rússia. No dia 1º, as autoridades russas informaram ter interceptado 158 artefatos lançados sobre 12 regiões do país.
Na semana passada, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, falhou em convencer o grupo de nações doadoras de material militar a Kiev na guerra a permitir o emprego de armas como os mísseis ATACMS americanos contra bases russas distantes da fronteira.
Elas foram usadas em ações próximas, como a invasão de Kursk (sul), para desagrado relatado na Otan (aliança militar ocidental), que teme uma escalada do conflito com Moscou.
Ao mirar a capital russa e outras cidades, como Briansk e Belgorodo, Zelensky tenta dizer que, se os russos são vulneráveis a pequenos drones, o impacto potencial de mísseis poderia forçá-los a negociar.
Na via contrária, a Rússia lançou outros 46 drones contra a Ucrânia nesta madrugada, 38 dos quais Kiev diz ter interceptado. A ação mirou o sistema energético do país vizinho, dando sequência a uma série de grandes ataques que já se desenrola desde a semana retrasada.