Israel anunciou nesta quinta-feira (29) que matou mais sete combatentes palestinos na Cisjordânia, o que eleva para 17 o número de mortos nas 48 horas desde que as Forças israelenses iniciaram a operação com bombardeios e incursões com veículos blindados nas cidades de Jenin, Nablus, Tubas e Tulkarem.
A intervenção israelense despertou "profunda preocupação" na ONU, que alertou que a situação poderia "alimentar uma situação já explosiva na Cisjordânia ocupada". O secretário-geral da entidade, António Guterres, defendeu na rede social X o "fim imediato" da operação e condenou "firmemente a morte, especialmente de crianças".
As incursões militares israelenses são comuns na Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel desde 1967. No entanto, é incomum que sejam realizadas simultaneamente em várias cidades.
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) afirma que mais de 630 palestinos foram mortos na Cisjordânia desde o último 7 de outubro. Nos três anos anteriores à data do ataque do Hamas que iniciou a guerra atual, a entidade contabilizou apenas seis palestinos mortos por ataques aéreos israelenses na Cisjordânia, todos durante 2023.
Em Gaza, o número de mortos alcançou a marca de 40.630, de acordo com o último balanço do Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas.
Folhapress