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Publicada em 29 de Agosto de 2024 às 20:15

Ucrânia quer usar armas ocidentais dentro da Rússia

Zelensky instou aliados do país da Otan a dar mais armas à sua nação

Zelensky instou aliados do país da Otan a dar mais armas à sua nação

Sergei CHUZAVKOV/AFP/JC
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Agência Estado
A Ucrânia intensificou nesta quinta-feira (29) a sua campanha para que países aliados autorizem o uso de armas fornecidas pela Otan para atingir alvos dentro da Rússia, à medida que continua sua ofensiva em Kursk.
A Ucrânia intensificou nesta quinta-feira (29) a sua campanha para que países aliados autorizem o uso de armas fornecidas pela Otan para atingir alvos dentro da Rússia, à medida que continua sua ofensiva em Kursk.
O ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmitro Kuleba, pediu em Bruxelas aos países da União Europeia para que pressionem os Estados Unidos a levantarem as restrições que os impedem de usar suas armas contra alvos em território russo. "Peço à UE que desempenhe um papel e diga com firmeza e clareza que algo precisa ser feito", disse Kuleba ao chegar a uma reunião de ministros do bloco europeu.
Vários países, incluindo os EUA, ainda mantêm restrições à utilização de armas que fornecem à Ucrânia, especialmente mísseis de longo alcance, para evitar uma escalada do conflito que poderia engolir países da Otan. A Ucrânia, por outro lado, exige o fim das restrições para atacar "alvos militares legítimos" na Rússia, lembrou Kuleba, como as bases aéreas de onde decolam os aviões que bombardeiam o território ucraniano.
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, disse ser a favor do fim de todas as restrições, mas vários países, incluindo Itália e Hungria não concordam. "Os armamentos que estamos fornecendo à Ucrânia têm que ter uso pleno, e as restrições têm que ser suspensas para que os ucranianos possam mirar nos locais de onde a Rússia está bombardeando. Caso contrário, o armamento é inútil".
Um membro do Parlamento da Ucrânia disse em junho que as forças armadas usaram um sistema de foguetes fornecido pelos Estados Unidos para atingir uma instalação militar na região russa de Belgorod, que faz fronteira com a Ucrânia. O país também usou munições e veículos fornecidos pelos americanos em sua incursão a Kursk. Oficiais do Pentágono e do Departamento de Estado disseram que o uso de armas e munições fornecidas pelos americanos não violava a política dos EUA.
O presidente Volodmir Zelensky, na noite de quarta-feira (28), instou os aliados do país da Otan a dar mais armas à sua nação e uma maior liberdade para usá-las contra a própria Rússia. Verdadeira unidade com parceiros da Otan, ele disse em um discurso durante a noite, significaria permissão para realizar ataques de longo alcance.
A incursão na região de Kursk faz parte do plano, juntamente com outras medidas financeiras para forçar Moscou a encerrar a guerra, disse Zelensky. Ele deu poucos outros detalhes.
O aumento da campanha de pressão sobre aliados ocorre enquanto o Exército da Ucrânia informa novos ataques a depósitos de petróleo russos, dando continuidade a uma campanha de ataques contra um setor vital para o esforço de guerra de Moscou.
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