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Publicada em 27 de Agosto de 2024 às 19:49

Maduro escolhe apoiador linha-dura para supervisionar forças policiais

Tenente aposentado do exército, Cabello lutou ao lado de Chávez em uma revolta militar fracassada em 1992

Tenente aposentado do exército, Cabello lutou ao lado de Chávez em uma revolta militar fracassada em 1992

Federico PARRA/AFP/JC
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Agência Estado
O presidente venezuelano Nicolás Maduro nomeou nesta terça-feira (27), um chefe do partido socialista para supervisionar as forças policiais do país, dando poder a um apoiador linha-dura, que prometeu perseguir oponentes do governo como parte de uma repressão em andamento.
O presidente venezuelano Nicolás Maduro nomeou nesta terça-feira (27), um chefe do partido socialista para supervisionar as forças policiais do país, dando poder a um apoiador linha-dura, que prometeu perseguir oponentes do governo como parte de uma repressão em andamento.
Maduro nomeou Diosdado Cabello Ministro do Interior, como parte de uma mudança de gabinete após a eleição presidencial contestada do mês passado. Junto com Maduro, Cabello é um dos mais fervorosos defensores da chamada revolução bolivariana iniciada pelo falecido Hugo Chávez e há muito tempo é considerado a segunda pessoa mais poderosa na Venezuela depois de Maduro.
Tenente aposentado do exército, Cabello lutou ao lado de Chávez em uma revolta militar fracassada em 1992 e mais tarde serviu como presidente interino quando o próprio Chávez foi removido em um breve golpe uma década depois.
Grupos de direitos humanos temem que a nomeação de Cabello para Ministro do Interior, com supervisão das forças policiais da Venezuela, intensifique a resposta pesada do governo aos protestos que eclodiram após a eleição presidencial do mês passado, quando Maduro foi declarado vencedor apesar das fortes evidências apresentadas pela oposição de que seu candidato prevaleceu por uma margem de 2 a 1.
Mais de 2 mil pessoas - incluindo jornalistas, políticos e trabalhadores humanitários - foram presas desde a eleição de 28 de julho. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos deve entregar um relatório em Washington amanhã em uma reunião especial da Organização dos Estados Americanos para discutir a repressão.

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