A Suprema Corte da Venezuela ratificou nesta quinta-feira (22), as alegações do ditador Nicolás Maduro de que ele venceu as eleições presidenciais do mês passado. Segundo o tribunal, as contagens de votos publicadas online, mostrando que ele perdeu por uma grande margem, foram forjadas.
A presidente do tribunal, Caryslia Rodríguez, indicou que, após o comparecimento dos atores convocados e a coleta dos instrumentos eleitorais, os magistrados da câmara eleitoral do tribunal certificaram "de forma irrestrita e inequívoca" os resultados eleitorais. "Podemos concluir que os boletins emitidos pelo Conselho Nacional Eleitoral são respaldados pelas folhas de apuração emitidas por cada uma das máquinas de votação", disse Rodríguez ao ler a sentença.
A decisão da Suprema Corte nesta quinta-feira veio em resposta a um pedido de Maduro para revisar os totais de votos da votação de 28 de julho, depois que a oposição publicou registros de votação online de 80% das cabines de votação, mostrando que o candidato da oposição Edmundo González Urrutia venceu por uma margem de mais de 2 para 1. González não participou da auditoria, fato observado pelos juízes que o acusaram de tentar espalhar o pânico.
A alta corte está repleta de partidários de Maduro e quase nunca se pronunciou contra o governo.