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Publicada em 06 de Agosto de 2024 às 17:26

Caças de Israel ameaçam Beirute com sobrevoo supersônico

Enquanto isso, Exército de Israel segue com ataques ao Sul do Líbano

Enquanto isso, Exército de Israel segue com ataques ao Sul do Líbano

JALAA MAREY/AFP/JC
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Folhapress
Caças de Israel levaram pânico a Beirute nesta terça-feira (6), quando ao menos quatro aviões quebraram a barreira do som sobre a capital libanesa em três ocasiões. Moradores buscaram abrigo, mas não houve danos relatados. Outras pessoas buscam deixar o país temendo uma ofensiva ao país.
Caças de Israel levaram pânico a Beirute nesta terça-feira (6), quando ao menos quatro aviões quebraram a barreira do som sobre a capital libanesa em três ocasiões. Moradores buscaram abrigo, mas não houve danos relatados. Outras pessoas buscam deixar o país temendo uma ofensiva ao país.
A intimidação, com uma manobra rara à luz do dia sobre a cidade, veio pouco antes de o líder do grupo fundamentalista Hezbollah, xeque Hassan Nasrallah, proferir um discurso sobre a crise que ameaça envolver todo o Oriente Médio.
O grupo havia lançado drones contra o Norte de Israel pela manhã, e avisou que eles eram apenas um aperitivo para o grande ataque que pretende fazer de forma coordenada com seus patronos iranianos. Enquanto isso, Israel segue com ataques ao Sul do Líbano.
Apoiadores do Hamas na guerra de Israel contra o grupo terrorista palestino, Hezbollah e Teerã buscam vingar-se de assassinatos ocorridos na semana passada. O Estado judeu matou, em um ataque aéreo contra o sul de Beirute na semana passada, o principal comandante operacional da agremiação libanesa.
Poucas horas depois, um ataque que Israel não negou ter cometido em Teerã matou o líder político do Hamas, Ismail Haniyeh. As ações foram respondidas com a promessa de um ataque maciço para punir Tel Aviv, e aliados de lado a lado correm para tentar demover os rivais de acenderem o pavio de uma guerra ampla regional.
Não está claro quais caças foram empregados por Israel, mas pelo alcance provavelmente eram poderosos modelos F-15. O Estado judeu também opera F-16 e o mais moderno F-35, com características furtivas ao radar.
Israel e Hezbollah não se enfrentam numa guerra aberta desde 2006, quando o conflito acabou num empate. Agora, Tel Aviv quer a retirada do grupo de uma grande faixa do sul libanês, como prevê uma resolução da ONU, para proteger as populações do norte israelense de ataques.
Já o Irã só atacou diretamente Israel uma vez, em abril deste ano, quando a maioria de seus mísseis e drones foi derrubada em uma ação coordenada pelo Estado judeu, EUA, aliados como Reino Unido e França, além de países árabes como os Emirados, a Arábia Saudita e a Jordânia.
A linha-dura israelense quer aproveitar um eventual ataque para destruir o programa nuclear iraniano, que vê como ameaça existencial, ainda que o Estado judeu tenha cerca de 90 bomba atômicas à disposição. O desafio hoje para Teerã é mostrar força doméstica e, ao mesmo tempo, evitar um suicídio militar potencial.
 

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