Caças de Israel levaram pânico a Beirute nesta terça-feira (6), quando ao menos quatro aviões quebraram a barreira do som sobre a capital libanesa em três ocasiões. Moradores buscaram abrigo, mas não houve danos relatados. Outras pessoas buscam deixar o país temendo uma ofensiva ao país.
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A intimidação, com uma manobra rara à luz do dia sobre a cidade, veio pouco antes de o líder do grupo fundamentalista Hezbollah, xeque Hassan Nasrallah, proferir um discurso sobre a crise que ameaça envolver todo o Oriente Médio.
O grupo havia lançado drones contra o Norte de Israel pela manhã, e avisou que eles eram apenas um aperitivo para o grande ataque que pretende fazer de forma coordenada com seus patronos iranianos. Enquanto isso, Israel segue com ataques ao Sul do Líbano.
Apoiadores do Hamas na guerra de Israel contra o grupo terrorista palestino, Hezbollah e Teerã buscam vingar-se de assassinatos ocorridos na semana passada. O Estado judeu matou, em um ataque aéreo contra o sul de Beirute na semana passada, o principal comandante operacional da agremiação libanesa.
Poucas horas depois, um ataque que Israel não negou ter cometido em Teerã matou o líder político do Hamas, Ismail Haniyeh. As ações foram respondidas com a promessa de um ataque maciço para punir Tel Aviv, e aliados de lado a lado correm para tentar demover os rivais de acenderem o pavio de uma guerra ampla regional.
Não está claro quais caças foram empregados por Israel, mas pelo alcance provavelmente eram poderosos modelos F-15. O Estado judeu também opera F-16 e o mais moderno F-35, com características furtivas ao radar.
Israel e Hezbollah não se enfrentam numa guerra aberta desde 2006, quando o conflito acabou num empate. Agora, Tel Aviv quer a retirada do grupo de uma grande faixa do sul libanês, como prevê uma resolução da ONU, para proteger as populações do norte israelense de ataques.
Já o Irã só atacou diretamente Israel uma vez, em abril deste ano, quando a maioria de seus mísseis e drones foi derrubada em uma ação coordenada pelo Estado judeu, EUA, aliados como Reino Unido e França, além de países árabes como os Emirados, a Arábia Saudita e a Jordânia.
A linha-dura israelense quer aproveitar um eventual ataque para destruir o programa nuclear iraniano, que vê como ameaça existencial, ainda que o Estado judeu tenha cerca de 90 bomba atômicas à disposição. O desafio hoje para Teerã é mostrar força doméstica e, ao mesmo tempo, evitar um suicídio militar potencial.
Folhapress