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Publicada em 31 de Julho de 2024 às 19:39

Israel vai cobrar alto se for atacado, diz Netanyahu após morte do líder do Hamas

Netanyahu não assumiu a autoria, mas elencou três vitórias recentes de seu governo

Netanyahu não assumiu a autoria, mas elencou três vitórias recentes de seu governo

Shaul GOLAN/AFP/JC
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Folhapress
O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou em seu primeiro pronunciamento após o assassinato do líder do Hamas que o Estado judeu está pronto para qualquer cenário de conflito no Oriente Médio, apontado diretamente ao Irã.
O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou em seu primeiro pronunciamento após o assassinato do líder do Hamas que o Estado judeu está pronto para qualquer cenário de conflito no Oriente Médio, apontado diretamente ao Irã.
Foi na capital do rival que um foguete matou nesta quarta (31) em Teerã o líder político do Hamas, Ismail Haniyeh. O premiê não admitiu ao vivo assassinato pelo qual era acusado pelos iranianos, que ameaça jogar o Oriente Médio em uma guerra generalizada após 299 dias de conflito entre Israel e o grupo palestino, disparado pelo mega-atentado terrorista de 7 de outubro passado.
Nem precisava: ele elencou três vitórias recentes de Israel contra adversários apoiados pelo Irã que lutam contra Tel Aviv. Citou a morte de um comandante militar do Hamas, a devastação do principal porto dos rebeldes houthis no Iêmen e o ataque a um líder do Hezbollah libanês ocorrido em Beirute horas antes da morte de Haniyeh.
Lendo um comunicado em rede de TV, ele disse: "cidadãos de Israel, dias desafiadores estão à frente. Desde o ataque em Beirute há ameaças vindo de todos os lados. Nós estamos preparados para qualquer cenário e ficaremos unidos e determinados ante qualquer ameaça. Israel vai cobrar um alto preço de qualquer agressão contra nós, de qualquer arena".
Confirmando os temores de que voltara de sua viagem dos Estados Unidos na semana passada menos disposto a tentar um cessar-fogo com o Hamas, Netanyahu disse que seguirá lutando pela destruição do grupo e pelo retorno dos mais de cem reféns ainda em mãos dos palestinos, boa parte deles talvez já morta.
"Não há uma única semana em que eu não tenha sido chamado a acabar a guerra, dentro e fora do país. Eu não cedi a essas vozes antes, e não vou ceder hoje. Se nós tivéssemos cedido a essas pressões, nós não teríamos eliminado esses líderes do Hamas", disse, sem citar Haniyeh, contudo.
 

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