Milhares de venezuelanos saíram às ruas nesta segunda-feira (29) para protestar contra a reeleição de Nicolás Maduro, logo após ele ter sido proclamado vencedor das eleições presidenciais — resultado não reconhecido pela oposição e por diversos países.
Entre gritos de "liberdade" e xingamentos contra o governante, manifestantes contestavam os relatórios apresentados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão que proclamou a vitória de Maduro. Cartazes com a imagem do político foram arrancados de paredes, postes e outdoors, enquanto uma estátua de Hugo Chávez, que o antecedeu no regime ditatorial, foi derrubada no estado de Falcón, no norte do país. Houve registros de confrontos entre os manifestantes e policiais.
Após o anúncio dos primeiros resultados na madrugada desta segunda-feira, a líder da oposição, María Corina Machado, disse não reconhecer a vitória de Maduro e que Edmundo González Urrutia era o novo presidente da Venezuela. Machado indicou que, com 40% das atas em seu poder, González havia vencido com 70% dos votos, 40 pontos porcentuais acima de Maduro.
Durante evento no CNE, Maduro alegou que há uma tentativa "fascista" de golpe de Estado, acusando, sem apresentar provas, seus adversários políticos de estarem por trás das mobilizações.