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Publicada em 25 de Julho de 2024 às 19:43

Encontro de Biden e Netanyahu na Casa Branca mascara tensões entre EUA e Israel

Guerra na Faixa de Gaza já gerou reações mistas dos Estados Unidos

Guerra na Faixa de Gaza já gerou reações mistas dos Estados Unidos

JIM WATSON/AFP/JC
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Folhapress
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, recebeu o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca nesta quinta-feira (25), no primeiro encontro presencial entre os líderes desde outubro do ano passado, quando teve início a guerra entre Israel e o Hamas — o americano já havia viajado até Israel para demonstrar o apoio semanas depois da eclosão do conflito.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, recebeu o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca nesta quinta-feira (25), no primeiro encontro presencial entre os líderes desde outubro do ano passado, quando teve início a guerra entre Israel e o Hamas — o americano já havia viajado até Israel para demonstrar o apoio semanas depois da eclosão do conflito.
Biden abraçou Netanyahu e prometeu apoiá-lo. Ao menos diante das câmeras, o americano manteve o tom amistoso daquela ocasião, e segundo relato do jornal The New York Times, abriu um sorriso largo ao dar as boas-vindas ao israelense ao Salão Oval. Suas palavras, "temos muito o que conversar", davam um indício, no entanto, da tensão que os países vêm acumulando nos últimos tempos.
Washington é o maior aliado externo de Tel Aviv desde os anos 1970. A relação entre os dois países já passou por diversos altos e baixos, mas, desde a Segunda Guerra Mundial, Israel foi o país do mundo que mais recebeu ajuda direta dos EUA.
Ao responder o americano, Netanyahu citou justamente esse histórico. "Quero agradecê-lo por seus 50 anos de serviço público [Biden entrou na política 52 anos atrás, ao ser eleito senador por Delaware] e 50 anos de apoio ao Estado de Israel".
As divergências mais recentes entre os líderes começaram pouco depois que Netanyahu voltou ao posto de primeiro-ministro, no final de 2022 — seu governo iniciou uma ofensiva contra o Judiciário logo após assumir, uma iniciativa que foi publicamente criticada por Biden.
A guerra em Gaza, cujo estopim foi uma incursão do Hamas ao sul de Israel que deixou cerca de 1.200 mortos, a princípio voltou a unir os líderes, mas a continuidade do conflito na região e o grande número de mortes que ela vem provocando — estimado em mais de 39 mil pelas autoridades da faixa, ligadas ao grupo terrorista — têm sido motivos de repreensões cada vez mais duras por parte do presidente americano.

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