Em comunicado, a Otan apontou que a China é um "facilitador decisivo" da Rússia na invasão à Ucrânia. O encerramento da reunião da Organização do Tratado do Atlântico Norte que ocorreu nesta quinta-feira em Washington teve como um dos principais pontos da agenda a reunião dos chefes de Estado dos países membros, com a participação do presidente dos EUA, Joe Biden, e a entrevista coletiva do secretário-geral, Jens Stoltenberg.
O encontro da Otan ocorre em um contexto no qual a organização concordou em lançar um novo programa para prover ajuda militar e treinamento à Ucrânia e colaborar para que o país possa participar da aliança. O plano vai suplementar a colaboração de 50 países à Ucrânia para ter acesso a armamentos e treinar oficiais para enfrentar a invasão das tropas russas, iniciada em 22 de fevereiro de 2022. O atraso do Congresso dos EUA para financiar o fornecimento de equipamentos militares ao país presidido por Volodymyr Zelensky permitiu o avanço das tropas de Moscou no território ucraniano.
Nos últimos dois anos, o conjunto de países criado pelos EUA para apoiar a defesa da Ucrânia contra a invasão da Rússia dedicou US$ 100 bilhões em equipamentos, armamentos e treinamento, sendo que somente o governo norte-americano colaborou com US$ 53,6 bilhões. A Organização do Tratado do Atlântico Norte promete ajudar com mais US$ 43,3 bilhões o país europeu nos próximos 12 meses.
Os 32 países que formam a Otan apontaram que a Ucrânia está em um caminho "irreversível" para se tornar membro da organização, mas tal fato só deve ocorrer após o fim da guerra com o exército comandado pelo presidente russo, Vladimir Putin.
O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, tornou-se um dos temas das conversas nos bastidores do encontro em Washington, especialmente para líderes de países do leste europeu, pois acreditam que suas nações poderão ser alvos de futuras agressões militares da Rússia se o republicano for eleito em novembro na corrida à Casa Branca.