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Publicada em 08 de Julho de 2024 às 20:04

Emmanuel Macron mantém premiê no cargo até as Olimpíadas de Paris

Gabriel Attal seguirá no posto após pedido do presidente francês

Gabriel Attal seguirá no posto após pedido do presidente francês

LUDOVIC MARIN/AFP?JC
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Folhapress
O primeiro-ministro da França, Gabriel Attal, entregou o cargo ao presidente Emmanuel Macron na manhã desta segunda-feira (8). É o que dita o protocolo oficial, após a derrota do governo na véspera, no segundo turno das eleições legislativas.
O primeiro-ministro da França, Gabriel Attal, entregou o cargo ao presidente Emmanuel Macron na manhã desta segunda-feira (8). É o que dita o protocolo oficial, após a derrota do governo na véspera, no segundo turno das eleições legislativas.
Entretanto, Macron pediu a Attal que permaneça no cargo até que se defina uma maioria parlamentar. É possível que ele continue até as Olimpíadas de Paris, que começam daqui a duas semanas. Attal, 35 anos, foi premiê por apenas seis meses, o mais jovem da história francesa.
No pleito, nenhum grupo conseguiu a maioria absoluta (289 de 577 cadeiras). O parlamento ficou fatiado em três grandes blocos - esquerda, centro e ultradireita.
A coalizão governista, Juntos, comandada pelo partido de Macron, Renascimento, conseguiu apenas 168 assentos. Antes, tinha 250. A Nova Frente Popular (NFP), que reúne partidos de esquerda, extrema-esquerda e ecologistas, obteve 182 cadeiras. A Reunião Nacional (RN), maior partido de ultradireita, e seus aliados ficaram em terceiro lugar, com 143 vagas.
O resultado foi uma surpresa, porque RN e aliados foram os mais votados no primeiro turno, uma semana antes, com 33% do total de votos. A forte mobilização do eleitorado (o comparecimento de 67% foi o maior em quatro décadas) e o apoio recíproco entre candidatos de esquerda e de centro (a chamada "frente republicana") impediram a vitória da ultradireita.
A frente republicana, porém, ameaçava desfazer-se menos de 24 horas depois da divulgação dos resultados. Membros do partido de Macron, entre eles a atual presidente da Assembleia Nacional, Yaël Braun-Pivet, propuseram uma aliança entre centro, esquerda e direita, mas excluindo o maior partido integrante da NFP, A França Insubmissa (LFI), liderada por Jean-Luc Mélenchon, 72, considerado de extrema-esquerda e acusado de antissemitismo.
Os líderes da NFP - insubmissos, socialistas, ecologistas e comunistas - anunciaram uma reunião, em que seria discutido um nome de consenso para o cargo de primeiro-ministro. Esse nome seria proposto ao presidente Macron, como dita o artigo 8º da Constituição francesa.
 

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