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Publicada em 02 de Julho de 2024 às 15:59

Venezuela vai retomar diálogo com EUA a menos de um mês das eleições

Presidente Nicolás Maduro pediu ainda que as negociações sejam públicas

Presidente Nicolás Maduro pediu ainda que as negociações sejam públicas

Wendys OLIVO/Venezuelan Presidency/AFP/JC
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Folhapress
A Venezuela e os Estados Unidos retomarão negociações a menos de um mês das eleições presidenciais no país sul-americano e dois meses depois de Washington restabelecer sanções ao setor petrolífero de Caracas, em abril. O anúncio foi feito pelo ditador Nicolás Maduro.
A Venezuela e os Estados Unidos retomarão negociações a menos de um mês das eleições presidenciais no país sul-americano e dois meses depois de Washington restabelecer sanções ao setor petrolífero de Caracas, em abril. O anúncio foi feito pelo ditador Nicolás Maduro.
https://www.jornaldocomercio.com/internacional/2024/07/1161228-venezuela-vai-retomar-dialogo-com-eua-a-menos-de-um-mes-das-eleicoes.html
"Na próxima quarta-feira, as conversas com os EUA serão retomadas para que cumpram os acordos assinados no Catar e para restabelecer os termos do diálogo com respeito", afirmou o líder em seu programa de televisão.
Maduro pediu ainda que as negociações sejam públicas - no final do ano passado, Caracas e Washington mantiveram negociações secretas entre altos funcionários no Catar, conforme revelado pelo presidente da Assembleia da Venezuela, Jorge Rodríguez, que participou do acordo.
Detalhes das conversas não foram divulgados, mas terminaram com uma troca de prisioneiros: os EUA libertaram Alex Saab, acusado de ser um laranja do regime de Maduro, e a Venezuela libertou 28 prisioneiros -10 americanos e 18 venezuelanos.
Segundo o ditador, as negociações serão retomadas após uma proposta de Washington que ele decidiu aceitar depois de "pensar por dois meses". Maduro afirmou também que o regime será representado novamente por Jorge Rodríguez, que também é seu chefe de campanha, e pelo governador do estado de Miranda, Héctor Rodríguez.
Washington, que tem pressionado há anos pela saída de Maduro do poder, ainda não se pronunciou sobre o anúncio. A Casa Branca também critica as detenções de opositores ocorridas nos últimos seis meses, que já somam 46 segundo a ONG Acesso à Justiça, e a retirada do convite à União Europeia para observar o pleito.
A retirada do alívio às sanções marca um retrocesso em relação à política de reengajamento do atual presidente dos EUA, Joe Biden, com o regime de Maduro - após o início da Guerra da Ucrânia, Washington sinalizou a Caracas sua disposição de estreitar relações e, com isso, usar o petróleo venezuelano como substituto às importações do produto da Rússia.

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