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Publicada em 01 de Julho de 2024 às 19:31

Bolsas da Europa fecham em alta, após eleição no parlamento francês

Primeiro turno foi vencido pela extrema-direita de Marine Le Pen

Primeiro turno foi vencido pela extrema-direita de Marine Le Pen

FRANCOIS LO PRESTI/AFP/JC
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Agência Estado
Os mercados acionários europeus tiveram dia positivo, nesta segunda-feira (1º), marcada por avaliações sobre a política na França. A extrema-direita teve resultado forte no primeiro turno da eleição legislativa no país, mas alguns analistas ponderavam que ela não conseguiria maioria absoluta, em quadro provavelmente dividido no Congresso. O resultado permitiu ao menos algum alívio, embora persista a incerteza, antes do segundo turno marcado para o próximo domingo.
Os mercados acionários europeus tiveram dia positivo, nesta segunda-feira (1º), marcada por avaliações sobre a política na França. A extrema-direita teve resultado forte no primeiro turno da eleição legislativa no país, mas alguns analistas ponderavam que ela não conseguiria maioria absoluta, em quadro provavelmente dividido no Congresso. O resultado permitiu ao menos algum alívio, embora persista a incerteza, antes do segundo turno marcado para o próximo domingo.
O primeiro turno eleitoral na França foi vencido pela extrema-direita do partido Reagrupamento Nacional (RN), de Marine Le Pen, com pouco mais de 33% dos votos, segundo projeções. A Nova Frente Popular, aliança de esquerda, levaria pouco mais de 28% e a aliança centrista do presidente Emmanuel Macron, 21%.
A maioria das disputas, porém, será decidida em segundo turno e a aliança esquerdista e o grupo de Macron haviam combinado de retirar candidatos menos competitivos da votação final, de modo a aumentar as chances de derrotar a extrema-direita.
Diante dos resultados, o Commerzbank avaliou que uma maioria absoluta do RN seria improvável, mas também não via chance de uma aliança entre o centro e a esquerda, diante de diferenças nas questões econômicas. Já o Julius Baer considerou que a votação do domingo mostrou uma mudança de cenário, com ganho de força do RN e Macron prejudicando sua maioria legislativa, enquanto o Rabobank via como mais provável um cenário dividido, embora acrescentasse que será preciso esperar o segundo turno para haver mais certeza.
Nos mercados, aparentemente predominou a percepção de que, embora Macron tenha perdido poder em sua aposta de convocar eleição antecipada, a extrema-direita não terá maioria absoluta.
Embora alguns analistas ponderem que o quadro de divisão de poder pode dificultar reformas mais ambiciosas, o mercado francês refletiu com algum alívio, ao menos por enquanto.
A Capital Economics afirmou, em comentário a clientes, que a falta de surpresas acabou por ser bem-vinda entre investidores, "mas o desconto nos ativos financeiros franceses ainda está presente e, na nossa visão, deve prosseguir".
Para o ING, o dado alemão "mantinha a porta aberta para um corte de juros em setembro" pelo Banco Central Europeu (BCE), mas o próprio banco holandês ponderava que a inflação "permanece muito arraigada em um nível muito elevado".
A Bolsa de Londres fechou em alta de 0,03%, em 8.166,76 pontos, Frankfurt subiu 0,47%, a 18.321,99 pontos, e Paris avançou 1,09%, a 7.561,13 pontos. Milão fechou com ganho de 1,70%, em 33.716,54 pontos, e Lisboa avançou 1,76%, a 6.593,85 pontos. Entre ações em foco, Casino caiu 2,03%, após anunciar a venda de mais de 200 milhões de euros em ativos imobiliários. As cotações são preliminares.
 

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