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Publicada em 21 de Junho de 2024 às 18:28

Aumentar arsenal nuclear da Rússia preserva equilíbrio de poder no mundo, diz Putin

Presidente Putin discursou em uma cerimônia de formatura de oficiais militares no Kremlin

Presidente Putin discursou em uma cerimônia de formatura de oficiais militares no Kremlin

MIKHAIL SINITSYN/POOL/AFP/JC
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Folhapress
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta sexta-feira (21) que a Rússia vai continuar a desenvolver seu arsenal de armas nucleares, que é hoje o maior do mundo, com o objetivo de preservar o equilíbrio mundial entre os países.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta sexta-feira (21) que a Rússia vai continuar a desenvolver seu arsenal de armas nucleares, que é hoje o maior do mundo, com o objetivo de preservar o equilíbrio mundial entre os países.
O chefe de estado discursou durante uma cerimônia de formatura de oficiais militares no Kremlin. Ele disse ainda que seu governo continuará equipando os soldados que lutam na guerra da Ucrânia com os equipamentos mais avançados disponíveis.
"Planejamos fortalecer a tríade nuclear para garantir nossa capacidade de dissuasão e o equilíbrio de poder no mundo", afirmou o presidente. A tríade nuclear é a capacidade de um país de lançar bombas atômicas por mar, terra e ar.
Putin voltou a Moscou depois de visitar a Coreia do Norte e o Vietnã nos últimos dias. Na quinta-feira, ele advertiu a Coreia do Sul de que o país cometeria um "grande erro" se enviasse armas para a Ucrânia, e que Moscou poderia responder enviando equipamento militar para a Coreia do Norte.
Seul levantou a possibilidade de armar Kiev depois da visita de Putin a Pyongyang, onde o líder russo se encontrou com o ditador Kim Jong-un e assinou um pacto de defesa mútua com a ditadura norte-coreana. Os termos do acordo estipulam que, caso um dos países seja atacado, o outro virá ao seu socorro, e prevê mais cooperação militar.
Putin também disse durante a visita que pode fornecer mísseis de precisão para Pyongyang como retaliação pela autorização dada pelos Estados Unidos e seus aliados para que a Ucrânia use armas ocidentais contra alvos na Rússia.
Como resposta, a Coreia do Sul, apoiada diplomaticamente e militarmente por Washington, convocou o embaixador russo para explicações, e aventou a possibilidade de entregar armas à Ucrânia, que está em guerra contra a Rússia.
"Enviar armas letais para zonas de combate na Ucrânia seria um grande erro", disse Putin, em visita ao Vietnã. "Se isso acontecer, tomaremos a decisão correspondente, que não deverá agradar os líderes atuais da Coreia do Sul", acrescentou.
Os EUA consideraram a declaração de Putin preocupante. O Departamento de Estado ressaltou que o envio de armas russas ao país comunista asiático "poderia desestabilizar a península coreana, dependendo do tipo de arma, e violar as resoluções do Conselho de Segurança que a própria Rússia apoiou".

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