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Publicada em 20 de Junho de 2024 às 21:32

Desistência de romeno confirma premiê holandês no comado da Otan

Premiê Mark Rutte será o novo chefe da aliança militar ocidental

Premiê Mark Rutte será o novo chefe da aliança militar ocidental

/Nick Gammon/AFP/JC
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Folhapress
O presidente da Romênia, Klaus Iohannis, retirou nesta quinta-feira sua candidatura para o cargo de secretário-geral da Otan. Com isso, não há mais impedimentos para que o premiê holandês, Mark Rutte, se torne o novo chefe da aliança militar ocidental.
O presidente da Romênia, Klaus Iohannis, retirou nesta quinta-feira sua candidatura para o cargo de secretário-geral da Otan. Com isso, não há mais impedimentos para que o premiê holandês, Mark Rutte, se torne o novo chefe da aliança militar ocidental.
A decisão do romeno era esperada depois que a Hungria, que se opunha a Rutte, abandonou seu veto após o holandês prometer cumprir um acordo entre o premiê Viktor Orbán e o atual secretário-geral, o norueguês Jens Stoltenberg.
O acerto garante que os húngaros, simpáticos a Vladimir Putin, não irão se opor a decisões de apoio à Ucrânia contra a invasão russa do país do Leste Europeu. Em troca, Budapeste está desobrigada de participar de qualquer iniciativa nesse sentido.
Iohannis também afirmou que seu país irá doar um dos dois sistemas antiaéreos Patriot de que dispõe para a Ucrânia, sob a condição de que a Otan reponha sua capacidade de defesa. O armamento, de fabricação americana, é bastante escasso no mundo.
Ele é vital para tentar conter a campanha russa de destruição da rede energética ucraniana, retomada em março deste ano de forma particularmente intensa. Nesta quinta, 218 mil pessoas ficaram sem luz após um bombardeio russo.
Rutte, que governou a Holanda de 2010 até perder a eleição parlamentar de novembro do ano passado, ainda é ocupa o cargo de premiê de forma provisória, até a formação do gabinete de partidos de direita e extrema direita vencedores do pleito.
Ele vai substituir em outubro Stoltenberg, que em dez anos na cadeira viu a Otan ser espezinhada e ameaçada existencialmente na gestão americana de Donald Trump (2017-2021) e ressurgir como grupo coeso devido à invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Os desafios de Rutte, que é um duro crítico do Kremlin, mas também tem longa experiência em negociações com Putin, são vários. O mais urgente é organizar um reforço militar de Kiev, que está pressionada por vários lados na guerra, sem que isso provoque uma escalada que leve a um confronto direto com a Rússia. Ao mesmo tempo, ele precisa blindar a aliança para a eventualidade de Trump voltar ao poder na eleição de novembro.
 

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