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Publicada em 30 de Maio de 2024 às 10:34

Após enviar balões com fezes ao país vizinho, Coreia do Norte lança mísseis na península

Kim Jong-un insiste também em projetos de reconhecimento espacial

Kim Jong-un insiste também em projetos de reconhecimento espacial

STR/AFP/KCNA VIA KNS/JC
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Folhapress
Após enviar balões carregados de lixo e esterco à Coreia do Sul na última terça-feira (28), a Coreia do Norte disparou, nesta quinta-feira (30), cerca de dez mísseis balísticos de curto alcance nas águas ao leste da península, segundo Seul. De acordo com comunicado do Exército da Coreia do Sul, os projéteis foram disparados da área de Sunan, perto da capital, Pyongyang, às 6h14 de quinta-feira (18h14 de quarta no Brasil). Eles voaram cerca de 350 quilômetros antes de cair no mar, ainda segundo a nota.
Após enviar balões carregados de lixo e esterco à Coreia do Sul na última terça-feira (28), a Coreia do Norte disparou, nesta quinta-feira (30), cerca de dez mísseis balísticos de curto alcance nas águas ao leste da península, segundo Seul. De acordo com comunicado do Exército da Coreia do Sul, os projéteis foram disparados da área de Sunan, perto da capital, Pyongyang, às 6h14 de quinta-feira (18h14 de quarta no Brasil). Eles voaram cerca de 350 quilômetros antes de cair no mar, ainda segundo a nota.
O Japão confirmou o lançamento de pelo menos um míssil --ação que foi condenada "firmemente" pelo primeiro-ministro do país, Fumio Kishida. Segundo o líder, o projétil aparentemente caiu fora da zona econômica exclusiva japonesa. Os Estados Unidos também reagiram ao pedir que a Coreia do Norte interrompa "atos ilegais e desestabilizadores".
Os lançamentos foram os mais recentes de uma série de testes militares com armas de curto alcance realizados pela Coreia do Norte neste ano. Esse tipo de munição costuma ser usado para atingir alvos dentro de uma região, em contraste com mísseis de longo alcance que poderiam atingir cidades inimigas em outros continentes.
Ao falar sobre o teste desta quinta-feira, o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul disse que os mísseis disparados pareciam ser do mesmo tipo, em uma provável exibição para potenciais compradores, incluindo a Rússia. Autoridades ucranianas afirmam, com base na análise de destroços da guerra, que Moscou disparou até 50 mísseis fabricados na Coreia do Norte contra alvos no país europeu, embora até metade tenha perdido suas trajetórias e explodido no ar.
Monitores de sanções das ONU, autoridades de inteligência dos EUA e especialistas independentes também afirmam que mísseis norte-coreanos foram usados na Ucrânia, mas Moscou e Pyongyang negam realizar quaisquer negociações de armas, o que violaria o embargo de armas à Coreia do Norte. Os lançamentos ocorrem em uma semana agitada na península.
Na última segunda-feira (27), a Coreia do Norte tentou colocar um satélite espião em órbita, mas falhou quando o motor do foguete recém-desenvolvido explodiu em voo. Após a falha, o líder Kim Jong-un prometeu nunca desistir de projetos de reconhecimento espacial. A tecnologia tem sido uma prioridade da ditadura.
Washington condenou a tentativa de lançamento do satélite por meio de tecnologia balística. O porta-voz da missão dos EUA nas Nações Unidas afirmou que o teste "viola diretamente múltiplas resoluções do Conselho de Segurança da ONU". O secretário-geral da ONU, António Guterres, também condenou a ação e foi criticado por um funcionário do ministério das Relações Exteriores norte-coreano.
Um dia depois do lançamento, na noite de terça-feira, Pyongyang enviou fezes de animais, panfletos políticos e lixo ao território sul-coreano por meio de mais de 260 balões, segundo Seul, que viajaram pela fronteira e caíram em diversos pontos do país. A provocação foi uma resposta a ativistas do país vizinho, que costumam enviar à Coreia do Norte balões carregados de panfletos anti-Pyongyang, minirrádios, alimentos e pen drives com vídeos de música k-pop.
As ações são frequentemente lideradas por desertores do regime. Kim Yo-jong, influente irmã do líder norte-coreano, emitiu uma declaração na agência de notícias estatal KCNA na qual afirma que os balões foram "presentes de sinceridade" para os sul-coreanos, que "clamam pela liberdade de expressão".

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