Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 09 de Abril de 2024 às 17:28

Netanyahu confirma que invasão de Rafah está mantida

Após o início do conflito, cidade palestina é o refúgio de metade da população da Faixa de Gaza

Após o início do conflito, cidade palestina é o refúgio de metade da população da Faixa de Gaza

AFP/JC
Compartilhe:
Folhapress
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que há uma data estabelecida para a invasão da cidade de Rafah, o último refúgio de metade da população da Faixa de Gaza. O premiê, entretanto, não disse quando a ação terá início.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que há uma data estabelecida para a invasão da cidade de Rafah, o último refúgio de metade da população da Faixa de Gaza. O premiê, entretanto, não disse quando a ação terá início.
A declaração ocorreu um dia após autoridades israelenses anunciarem a redução do continente de tropas no Sul de Gaza - um porta-voz militar disse à agência de notícias Reuters que apenas uma brigada permanecia na região. O movimento gerou especulações sobre a invasão de Rafah, que vem sendo prometida por Netanyahu a despeito de pressão da comunidade internacional.
"Hoje recebi um relatório detalhado sobre as conversas no Cairo. Estamos constantemente trabalhando para alcançar os nossos objetivos: em primeiro lugar, a libertação de todos os nossos reféns e alcançar uma vitória completa sobre o Hamas", disse Netanyahu. "Essa vitória exige a entrada em Rafah e a eliminação dos batalhões terroristas que estão lá. Isso vai acontecer. Há uma data."
Nos últimos meses, a possível incursão à cidade se tornou um ponto de tensão entre Israel e alguns de seus principais aliados, incluindo os EUA. Na semana passa, o presidente Joe Biden falou publicamente pela primeira vez em condicionar o apoio a Tel Aviv a uma mudança de postura do aliado na Faixa de Gaza.
Em um telefonema, o norte-americano afirmou a Bibi, como o premiê israelense é chamado, que o país precisaria adotar passos "específicos, concretos e mensuráveis" para lidar com danos a civis, sofrimento humanitário e segurança de trabalhadores humanitários em Gaza. A advertência aconteceu após um ataque de Israel a um comboio sinalizado da ONG World Central Kitchen (WCK) matar sete trabalhadores humanitários no começo da semana.
Bibi costuma manter sua posição em relação aos planos de invasão. No último dia 31, após enfrentar uma noite de protestos contra seu governo dentro de Israel, o premiê fez um discurso no qual reafirmou que pretende adentrar a cidade. "Leva tempo, mas será feito. Não há vitória sem isso", afirmou ele na ocasião.

Notícias relacionadas