Militares de Israel anunciaram neste domingo (7) que estavam retirando algumas forças de um reduto do Hamas no Sul de Gaza, após uma fase importante de sua ofensiva. Com isso, a presença de tropas israelenses no território atingiu um dos níveis mais baixos desde o início da guerra, que já perdura seis meses.
As forças israelenses vão se recuperar e se preparar para futuras operações, enquanto um número significativo permanece em outros locais de Gaza, disseram militares do país que falaram sob condição de anonimato. A 98ª Divisão de paraquedistas operou em torno da cidade de Khan Younis, o principal foco de Israel nos últimos meses.
Israel prometeu uma ofensiva terrestre na cidade de Rafah, no extremo sul de Gaza, considerada o último reduto do Hamas, e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse no domingo ao seu gabinete que a vitória significa "a eliminação do Hamas em toda a Faixa de Gaza, incluindo Rafah".
A cidade abriga cerca de 1,4 milhão de pessoas, mais de metade da população de Gaza. A perspectiva de uma ofensiva suscitou o alarme global, inclusive por parte do principal aliado israelense, os Estados Unidos, que exigiram um plano credível para proteger os civis.
O porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, disse à ABC que os EUA acreditam que a retirada parcial de Israel "é realmente apenas uma questão de descanso e reequipamento para estas tropas que estão no terreno há quatro meses, e não necessariamente, pelo que podemos dizer, indicativo de alguma nova operação para essas tropas."