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Publicada em 25 de Março de 2024 às 17:43

Opositora denuncia bloqueio do sistema eleitoral para registro de candidatura

Corina afirmou que seus direitos como cidadã estão sendo pisoteados

Corina afirmou que seus direitos como cidadã estão sendo pisoteados

Ronald PEÑA/AFP/JC
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Agência Estado
Enquanto restavam algumas horas para o fim do prazo de inscrição dos interessados em disputar as eleições presidenciais da Venezuela em 28 de julho, o principal bloco de oposição ao governo, encabeçado por Corina Yoris, denunciou que seguia impedida de inscrever a sua candidatura pelos partidos da Plataforma Unitária.
Enquanto restavam algumas horas para o fim do prazo de inscrição dos interessados em disputar as eleições presidenciais da Venezuela em 28 de julho, o principal bloco de oposição ao governo, encabeçado por Corina Yoris, denunciou que seguia impedida de inscrever a sua candidatura pelos partidos da Plataforma Unitária.
Corina foi nomeada como candidata em substituição a María Corina Machado, que foi proibida, por sentença do Tribunal Superior de Justiça, de ocupar cargos públicos pelos próximos 15 anos. Em declaração à imprensa, ela confirmou que a página na internet do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) continua bloqueando o ingresso no sistema de inscrições eletrônicas por aqueles não inscritos pelos representantes das organizações políticas Mesa da Unidade Democrática (MUD) e Un Nuevo Tiempo (UNT), as únicas habilitadas pela autoridade eleitoral para registro de candidatos.
"Meus direitos como cidadã venezuelana estão sendo pisoteados ao não me permitirem acessar o sistema e inscrever minha candidatura", disse Corina. Ela afirmou que foram feitas todas as tentativas para introdução dos dados dos cartões, mas que o sistema estava completamente fechado para acesso digital.
O Plataforma Unitária é o bloco opositor que desde 2021 promove conversas com representantes do governo de Nicolás Maduro e que em outubro assinou o acordo de Barbados.
O pacto contemplava trabalhar em um plano que gerasse condições políticas igualitárias para realizar eleições presidenciais livres e competitivas em 2024. O Plataforma disse que a administração de Maduro e seus aliados violaram o espírito desse acordo.
Desde quinta-feira, quando foi aberto o processo automatizado do CNE, foram registrados 10 candidatos: o do presidente Nicolás Maduro, Luis Eduardo Martínez, Daniel Ceballos, Antonio Ecarri, Juan Carlos Alvarado, Javier Bertucci, José Brito, Claudio Fermín, Luis Ratti e o comediante Benjamín Rausseo. Deles, apenas Maduro e Rausseo apareciam nas distintas consultas de intenção de voto.
Os candidatos deverão esperar se suas inscrições serão aceitas pela CNE, responsável pela organização das eleições nacionais, estaduais e municipais no país. Maduro, que aspira a um terceiro mandato de seis anos, conta com o registro e o respaldo dos membros do Gran Polo Patriótico, a coalizão de 10 partidos que apoiam o governo.

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