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Publicada em 11 de Março de 2024 às 19:12

Centro-direita supera socialistas nas eleições em Portugal

Luís Montenegro, da Aliança Democrática, diz que não governará com o apoio da extrema-direita

Luís Montenegro, da Aliança Democrática, diz que não governará com o apoio da extrema-direita

MIGUEL RIOPA/AFP/jc
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Agência Estado
A opção dos portugueses na eleição de domingo (10) foi por uma guinada à direita, após nove anos de governos encabeçados pelo Partido Socialista (PS). A legenda de centro-direita Aliança Democrática (AD), de Luís Montenegro, conquistou o maior número de cadeiras no Parlamento e vai tentar formar um governo no país europeu.
A opção dos portugueses na eleição de domingo (10) foi por uma guinada à direita, após nove anos de governos encabeçados pelo Partido Socialista (PS). A legenda de centro-direita Aliança Democrática (AD), de Luís Montenegro, conquistou o maior número de cadeiras no Parlamento e vai tentar formar um governo no país europeu.
O pleito português estava previsto para ocorrer apenas em 2026, mas o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, anunciou a sua renúncia após denúncias de um escândalo de corrupção relacionado a negócios de lítio e hidrogênio no país.
A Aliança Democrática (AD), de centro-direita, venceu as eleições legislativas com 29,52% dos votos, conquistando 79 cadeiras no Parlamento português. O Partido Socialista (PS) ficou em segundo lugar, com 28,66% dos votos e 77 cadeiras, e deve ser oposição pela primeira vez desde 2015.
A legenda de extrema-direita Chega teve um grande desempenho, conseguindo mais do que o dobro dos votos do último pleito e se consolidando como terceira força política em Portugal. O partido de André Ventura teve 18% dos votos, conquistando 48 cadeiras.
As tratativas para a formação de um novo governo devem começar ainda nesta semana. O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, que ocupa a função de Chefe de Estado, vai convidar o líder do partido vencedor das eleições, Luís Montenegro, da Aliança Democrática, para iniciar as negociações.
Montenegro tem a tarefa de conseguir formar uma maioria no Parlamento de Portugal em uma coalizão encabeçada por ele como primeiro-ministro. A AD conseguiu 79 cadeiras e precisa de outros partidos para chegar ao número de 116 cadeiras, quantidade mínima de parlamentares para a formação de uma coalizão em um Parlamento de 230 deputados.
A legenda vencedora poderia formar um governo caso fizesse uma coalizão com o Chega, mas Montenegro havia afirmado antes do pleito que não governaria com o apoio do partido de extrema-direita e reiterou a promessa após as eleições.
 

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