O presidente Vladimir Putin disse que a Rússia iria preferir ver o presidente dos Estados Unidos Joe Biden ganhar um segundo mandato, descrevendo o democrata como mais experiente e mais previsível do que Donald Trump - mesmo que Moscou discorde fortemente com as políticas da atual administração.
O presidente Vladimir Putin disse que a Rússia iria preferir ver o presidente dos Estados Unidos Joe Biden ganhar um segundo mandato, descrevendo o democrata como mais experiente e mais previsível do que Donald Trump - mesmo que Moscou discorde fortemente com as políticas da atual administração.
Os comentários de Putin durante uma entrevista com a emissora de TV estatal da Rússia na quarta-feira (14) foram os primeiros sobre as eleições presidenciais nos Estados Unidos, que possivelmente terão Biden contra Trump.
As falas surgem em um momento de altas tensões entre a Rússia e o Ocidente - e profundas discordâncias nos EUA sobre a melhor forma de combater a Rússia e ajudar a Ucrânia. "Biden é mais experiente e mais previsível. Ele é um político da velha formação", disse Putin, quando questionado sobre qual candidato seria melhor para a Rússia. "Mas nós iremos trabalhar com qualquer líder dos Estados Unidos em quem o povo norte-americano confie."
Putin afirmou que enviou tropas para a Ucrânia para proteger os falantes de russo e para evitar uma ameaça à segurança da Rússia representada pela tentativa da Ucrânia de aderir à aliança da Otan. A Ucrânia e os seus aliados ocidentais denunciaram a ação de Moscou como um ato de agressão não provocado. Vários países da Otan, principalmente os EUA sob a liderança de Biden, enviaram armas a Kiev e outros tipos de ajuda militar para se defenderem do ataque da Rússia.
Trump, entretanto, questionou recentemente a ajuda norte-americana para a Ucrânia e disse que ele alertou uma vez que iria permitir a Rússia a fazer o que quisesse com os membros da Otan que são "delinquentes" no investimento em suas próprias defesas. Esses comentários provocaram ondas de choque pela Europa, onde alguns líderes estão se preparando para o momento em que os EUA deixem de desempenhar o papel central na Otan, como fazem agora.