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Publicada em 26 de Fevereiro de 2024 às 17:46

Israel reforça intenção de invadir Sul de Gaza e fala em plano para retirar civis

População de Rafah pode ser retirada antes da entrada do exército israelense

População de Rafah pode ser retirada antes da entrada do exército israelense

MOHAMMED ABED/AFP/JC
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Folhapress
Em um alarme cada vez mais claro de que pretende invadir Rafah, no Sul de Gaza, o governo de Binyamin Netanyahu anunciou nesta segunda (26) que as Forças de Defesa de Israel apresentaram ao gabinete de guerra um plano para retirar a população civil da região. O comunicado não forneceu qualquer detalhamento de como seria feita a retirada dos milhares de deslocados internos do conflito que hoje residem nesta região de fronteira com o Egito.
Em um alarme cada vez mais claro de que pretende invadir Rafah, no Sul de Gaza, o governo de Binyamin Netanyahu anunciou nesta segunda (26) que as Forças de Defesa de Israel apresentaram ao gabinete de guerra um plano para retirar a população civil da região. O comunicado não forneceu qualquer detalhamento de como seria feita a retirada dos milhares de deslocados internos do conflito que hoje residem nesta região de fronteira com o Egito.
O governo diz que os militares também apresentaram "o próximo plano operacional", dando a entender que se falava sobre o ataque a Rafah, onde Tel Aviv e parceiros como os EUA dizem que estão os últimos bastiões da facção Hamas.
De acordo com o governo, também foi aprovado um plano para poder "fornecer ajuda humanitária a Gaza de forma que evite os saques que ocorrem no Norte e em outras áreas".
O trecho se referia às denúncias de que membros do Hamas teriam roubado suprimentos enviados por outros países e por organizações internacionais para os civis. Por outro lado, também há reclamações de que a ajuda internacional chega a conta-gotas à Faixa, relegando os civis a ainda mais dificuldades e a dramas como a fome.
Os planos anteriores de retirada de civis anunciados por Israel nas porções Norte e central de Gaza também foram alvos de críticas. Os militares chegaram a despejar panfletos de aviões afirmando que a população precisava ir para o Sul para fugir dos ataques e indicava caminhos supostamente seguros. Mas mesmo nestas vias assinaladas por Tel Aviv houve relatos de ataques aéreos que mataram deslocados.
Também nesta segunda-feira, o secretário-geral da ONU, o português António Guterres, disse que um ataque israelense a Rafah teria consequências devastadoras. Afinal, é por Rafah que a ajuda internacional tem sido escoada por Gaza. Na fronteira com o Egito, e em volume cada vez menor, entram os caminhões com ajuda humanitária internacional.

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