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Publicada em 19 de Fevereiro de 2024 às 09:09

Israel declara Lula 'persona non grata' após comparação com Holocausto nazista

"Não esqueceremos nem perdoaremos", disse o chanceler Israel Katz

"Não esqueceremos nem perdoaremos", disse o chanceler Israel Katz

Tobias SCHWARZ/AFP/JC
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Folhapress
Em seguimento às reprimendas ao presidente Lula (PT), que comparou as ações de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto nazista, o Ministério das Relações Exteriores do governo de Binyamin Netanyahu declarou líder brasileiro persona non grata nesta segunda (19).
Em seguimento às reprimendas ao presidente Lula (PT), que comparou as ações de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto nazista, o Ministério das Relações Exteriores do governo de Binyamin Netanyahu declarou líder brasileiro persona non grata nesta segunda (19).
"Não esqueceremos nem perdoaremos", disse o chanceler Israel Katz. Em mensagem ao embaixador do Brasil no país, seguiu: "Em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, diga ao presidente Lula que ele é persona non grata em Israel até que retire o que disse."
Durante seu giro pela África, Lula classificou a campanha militar de Tel Aviv no território palestino de genocídio e, em um adendo que abriu a mais nova crise diplomática brasileira, acrescentou que as mortes de civis lembram as ações de Adolf Hitler contra os judeus.
As advertências de Israel vieram prontamente e seguiram ao longo da noite de domingo (18) e da manhã desta segunda-feira.
Neste meio tempo, o presidente do Yad Vashem, mais importante memorial sobre o Holocausto, disse que as falas de Lula são não apenas ultrajantes, mas prova de ignorância. Em comunicado, Dani Dayan disse que "é extremamente decepcionante que Lula tenha recorrido à distorção do Holocausto e à propagação de sentimentos antissemitas".
O empresário argentino naturalizado israelense é, no mais, um nome conhecido dos governos petistas: em 2015, ele chegou a ser cotado para embaixador no Brasil por Netanyahu. Mas seu nome não era benquisto em Brasília, uma vez que liderou, por anos, a organização dos colonos israelenses na Cisjordânia ocupada.
Em novo balanço, o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, afirmou que as mortes na Faixa passam de 29 mil.
À agência Reuters um alto oficial da facção terrorista baseado no Qatar também forneceu um número pouco comum de ser tornado público: disse que ao menos 6.000 membros do Hamas teriam morrido nestes mais de quatro meses de guerra. Acredita-se que a cifra de 29 mil mortos inclua esse dado além das milhares de mortes de civis.

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