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Publicada em 07 de Fevereiro de 2024 às 20:14

Altas temperaturas e ventos fortes espalharam o fogo pelo Chile

Região da cidade de Viña del Mar, no litoral chileno, foi a mais atingida

Região da cidade de Viña del Mar, no litoral chileno, foi a mais atingida

Javier TORRES/AFP/JC
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Folhapress
O sofrimento das famílias que perderam parentes na tarde de sexta-feira, dia 2 de fevereiro, no "furacão de fogo" que matou mais de 130 pessoas e devastou em poucos minutos bairros inteiros na região da cidade de Viña del Mar, no litoral do Chile, tem sido prolongado por um colapso nos serviços de remoção e identificação de corpos.
O sofrimento das famílias que perderam parentes na tarde de sexta-feira, dia 2 de fevereiro, no "furacão de fogo" que matou mais de 130 pessoas e devastou em poucos minutos bairros inteiros na região da cidade de Viña del Mar, no litoral do Chile, tem sido prolongado por um colapso nos serviços de remoção e identificação de corpos.
São muitos os relatos sobre vítimas que ficaram nas ruas ou dentro de casas ou carros por cerca de dois dias até que fossem removidas, com parentes "de guarda" para evitar que cachorros se aproximassem.
Até a tarde desta quarta-feira (7), foram contabilizados 131 mortos, nos quais foram realizadas 82 autópsias e identificadas 35 pessoas, das quais apenas oito entregues aos familiares. Também há uma lista de 13 nomes de desaparecidos, mas é possível que eles estejam entre os ainda não identificados.
A ministra da Saúde, Andrea Albagli, orientou que o transporte de pessoas falecidas tem que ser feito sempre em coordenação com o Serviço Médico Legal, as polícias e o Ministério Público. Se uma pessoa avistar um corpo, deve avisar as autoridades.
As queimadas começaram ao mesmo tempo em pelo menos quatro pontos distintos da região, por isso as autoridades falam em ato intencional. Os morros da zona litorânea têm um histórico de problema de incêndios para invasão de terras, da qual se acusam tanto pessoas sem-teto quanto imobiliárias, mas ninguém foi preso até agora e o caso está em investigação.
O fogo se espalhou em poucos minutos pela onda de calor que atingiu o sul da América do Sul nos últimos dias, intensificado pelo fenômeno climático El Niño, que aquece o oceano Pacífico. Segundo especialistas, essas ondas são cada vez mais comuns no verão devido à crise climática, exacerbada pela ação humana.
 

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