O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, se reuniu nesta quarta-feira (7), com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e outros líderes israelenses, depois que o Hamas apresentou um plano detalhado para um novo acordo de cessar-fogo e libertação de reféns.
O Hamas apresentou um plano de três fases a ser desenvolvido ao longo de quatro meses e meio, em resposta a uma proposta elaborada pelos Estados Unidos, Israel, Catar e Egito. Todos os reféns seriam libertados em troca de centenas de palestinos presos por Israel, inclusive militantes de alto escalão, e do fim da guerra.
Netanyahu rejeitou a proposta do Hamas e disse que a guerra continuará até a "vitória total" sobre o Hamas e a devolução de todos os reféns restantes, sequestrados durante os ataques de 7 de outubro. O líder se opõe à condição de criação de um Estado palestino, e sua coalizão governista pode entrar em colapso se ele for visto fazendo muitas concessões.
A proposta efetivamente deixaria o Hamas no poder em Gaza e permitiria que ele reconstruísse suas capacidades militares, um cenário que os líderes israelenses rejeitaram categoricamente. O presidente Joe Biden disse que as exigências do Hamas são "um pouco exageradas", mas que as negociações continuarão.
A rodada de combates mais mortal da história do conflito israelense-palestino matou mais de 27 mil palestinos, arrasou bairros inteiros, expulsou a grande maioria da população de Gaza de suas casas e levou um quarto da população à fome.