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Publicada em 04 de Fevereiro de 2024 às 17:10

Biden vence primária da Carolina do Sul, projeta imprensa

Para a campanha do presidente, mais que o resultado, o que importa na votação é o nível de participação

Para a campanha do presidente, mais que o resultado, o que importa na votação é o nível de participação

ROBERTO SCHMIDT/AFP/JC
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Folhapress
Como esperado, Joe Biden venceu a primária democrata da Carolina do Sul, de acordo com projeção da agência de notícias Associated Press. O pleito, o primeiro oficial do calendário democrata, foi realizado no sábado (3).
Como esperado, Joe Biden venceu a primária democrata da Carolina do Sul, de acordo com projeção da agência de notícias Associated Press. O pleito, o primeiro oficial do calendário democrata, foi realizado no sábado (3).
Para a campanha do presidente, mais que o resultado, o que importa na votação é o nível de participação, especialmente do eleitorado negro, que compõe um quarto da população do estado. Na prática, a primária funciona como um laboratório para medir o apoio do grupo ao democrata em preparação para a eleição geral, em novembro.
Em 2020, a Carolina do Sul ressuscitou a candidatura de Biden pela nomeação do partido, após duas derrotas consecutivas. Em retribuição ao impulso recebido, o presidente pressionou os Democratas para alterarem o calendário e começarem a corrida pelo estado, passando-o à frente dos tradicionais e majoritariamente brancos Iowa e New Hampshire.
O gesto foi acompanhado por visitas de Biden e da vice-presidente, Kamala Harris, ao estado, uma forte campanha publicitária e apelos explícitos à população negra -segmento no qual a insatisfação com o presidente vem crescendo.
Por não ser uma primária realmente competitiva - os concorrentes de Biden, Dean Phillips e Marianne Williamson, praticamente não têm chance - é esperado que a participação seja menor neste ano do que o observado em 2020, quando havia de fato uma disputa mobilizando eleitores.
Assim, a chave no sábado é quão mais baixa essa participação vai ser. Se muito menor, é um alarme para a campanha de Biden, reforçando o temor de um enfraquecimento do presidente entre o eleitorado negro.
Embora haja pouca esperança de que o presidente vença em novembro na Carolina do Sul - a última vez em que o estado elegeu um presidente democrata foi em 1976 -, o engajamento da população negra é um termômetro para o seu desempenho em estados de fato disputados, como Geórgia (onde 33% da população é negra), Carolina do Norte (22%) e Michigan (14%).

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