Porto Alegre,

Anuncie no JC
Jornal do Comércio. O jornal da economia e negócios do RS. 90 anos.
Assine agora

Publicada em 22 de Janeiro de 2024 às 17:12

União Europeia pressiona por criação de Estado palestino

Ministros estão preocupados com a condição dos civis em Gaza

Ministros estão preocupados com a condição dos civis em Gaza

AFP/JC
Compartilhe:
Agência Estado
Os ministros de Relações Exteriores da União Europeia (UE) insistiram, nesta segunda-feira (22), que a criação de um Estado palestino é a única forma crível de alcançar a paz no Oriente Médio e expressaram preocupação com a clara rejeição da ideia pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
Os ministros de Relações Exteriores da União Europeia (UE) insistiram, nesta segunda-feira (22), que a criação de um Estado palestino é a única forma crível de alcançar a paz no Oriente Médio e expressaram preocupação com a clara rejeição da ideia pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
"As declarações de Benjamin Netanyahu são preocupantes. Será necessário um Estado palestino com garantias de segurança para todos", disse o ministro francês de Relações Estrangeiras, Stephane Sejourne, aos jornalistas em Bruxelas, onde os ministros da UE se reuniram para discutir a guerra em Gaza.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, e seu colega da mesma pasta da Jordânia, Ayman Safadi, também estiveram na capital da Bélgica para participarem das conversas. A questão do futuro de Gaza também colocou Israel em oposição aos Estados Unidos e aos seus aliados árabes, enquanto estes trabalham para mediar o fim dos combates no território palestino sitiado.
O número de mortos palestinos na guerra entre Israel e o Hamas ultrapassou 25 mil, informou o Ministério da Saúde na Faixa de Gaza, governado pelo Hamas. Israel disse, no domingo, que houve a morte de um dos reféns feitos durante o ataque de 7 de outubro que desencadeou o conflito.
A UE é o principal bloco de ajuda aos palestinos, mas tem pouca influência sobre Israel, apesar de ser o seu maior parceiro comercial. Os 27 países membros também estão profundamente divididos na sua abordagem. Mas à medida que aumenta o número de mortos em Gaza, crescem os apelos para o fim dos combates.
"Gaza está numa situação de extrema urgência. Existe o risco de fome. Existe o risco de epidemias. A violência tem de parar", afirmou o Ministro de Relações Exteriores belga, Hadja Lahbib, cujo país detém a presidência rotativa da UE.
Israel parece distante de atingir seus objetivos de esmagar o Hamas e libertar os mais de 100 reféns restantes. Mas Netanyahu rejeita a criação de um Estado palestino e parece querer um controle militar ilimitado sobre Gaza.
A disputa sobre o futuro do território surge em um momento em que a guerra continua sem fim à vista e coloca a UE, os Estados Unidos e os seus aliados árabes contra Israel.

Notícias relacionadas