O principal líder do Hamas, Saleh al-Arouri, foi morto ontem em explosão em um subúrbio ao Sul de Beirute, afirma o canal de notícias al-Mayadeen, que tem ligações com o Hezbollah. O Hamas confirmou a morte do líder. O Jihad Islâmico, grupo aliado do Hamas, jurou vingança pela morte de Arouri em comunicado, dizendo que o ataque "não ficará impune".
Arouri, um dos fundadores da ala militar do Hamas, chefiou a presença do grupo na Cisjordânia. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ameaçou matá-lo antes mesmo do início da guerra Hamas-Israel, em 7 de outubro. A explosão matou quatro pessoas e foi realizada por um drone israelense, segundo a imprensa estatal do Líbano. Autoridades israelenses se recusaram a comentar o ocorrido.
O Hamas afirmou que, além de Arouri, outros seis de seus membros também morreram após a ofensiva, incluindo dois líderes das Brigadas al-Qassam, braço armado do grupo, Samir Findi e Azzam al-Aqraa. Todos estavam presentes quando o drone atingiu um escritório do Hamas em Dahieh, subúrbio no Sul da capital. Milhares de pessoas foram às ruas protestar pela morte de Arouri.
A área, densamente povoada, é território do Hezbollah, organização xiita que apoia a facção terrorista palestina e tem trocado tiros e foguetes com Israel na fronteira desde o início do conflito em Gaza.
Líder do Hamas, Ismail Haniyeh chamou os assassinatos de "covardes", "agressão brutal" e "ato de terrorismo", além de dizer que o ataque é uma "violação da soberania libanesa, o que representa a expansão do escopo da agressão israelense". O Jihad Islâmico, outra facção palestina atuante na Faixa de Gaza, jurou vingança pela morte de Arouri em nota.
Folhapress