Uma proeminente líder palestina, Khalida Jarrar, foi presa pelo Exército de Israel nesta terça-feira (26) na Cisjordânia sob acusação de terrorismo. A informação foi compartilhada por seu marido, Ghassan, e posteriormente confirmada por Tel Aviv.
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Jarrar é conhecida por seu ativismo pelo direito das mulheres e pelo fim da detenção em massa de palestinos. Ela é um importante membro da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), um dos maiores grupos políticos palestinos e opositores do Fatah, grupo que controla a Autoridade Nacional Palestina (ANP).
Em 2019, ela também foi detida. O Exército israelense à época argumentou que informações secretas mostraram sua ligação com um ataque que deixou uma israelense de 17 anos morta e estaria ligado à FPLP. O grupo é considerado uma organização terrorista pela União Europeia e também pelos Estados Unidos.
A ativista chegou a ser eleita parlamentar para o Conselho Legislativo Palestino em 2006, junto a outras duas figuras de seu grupo -à época, o Hamas, responsável por desencadear a guerra com Israel no último 7 de outubro, foi o grupo palestino que levou o maior número de vagas. Na prática, o "Parlamento palestino" está em uma atrofia operacional e não funciona mais.
Enquanto isso, a Faixa de Gaza, palco da guerra Israel-Hamas, voltou a estar sob um apagão, afirmou a companhia palestina de comunicações, a PalTel. "Lamentamos anunciar uma interrupção total dos serviços de telefone fixo e internet devido à agressão contínua", escreveu a empresa em sua página oficial no Facebbok.
Gaza esteve sob um apagão de conectividade ao menos duas outras vezes no atual conflito. A primeira durante o início da invasão terrestre de Israel, ainda na porção norte do território palestino ocupado. A segunda vez, esta mais recente, ocorreu no início de dezembro, quando Israel expandiu sua ação terrestre também para o sul da faixa de terra adjacente a seu território.
É nesta porção da faixa, perto da fronteira com o Egito, onde hoje se aglomeram milhares de deslocados do conflito armado. Sem saneamento e acesso a água potável e com quantidade escassa de comida, mais de 1,7 milhão de palestinos estão registrados em abrigos, a maioria da ONU, no sul de Gaza, quando alguns milhares deles morando nas ruas devido à superlotação dos espaços.
Folhapress